Guardiola conta com controlo emocional e Mbappé rumo à final

Treinador do Manchester City deseja e acredita que o goleador francês estará em pleno no jogo da segunda mão da meia-final da Champions, que poderá confirmar o regresso do catalão ao cume da prova dez anos depois da última conquista.

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Pep Guardiola venceu Pochettino na primeira mão da meia-final da Champions Reuters/BENOIT TESSIER

Manchester City e Paris Saint-Germain decidem esta noite (20h), em Inglaterra, quem será o primeiro finalista da Liga dos Campeões, numa eliminatória em que a equipa francesa está em desvantagem, após ter perdido por 1-2 em Paris, no jogo da primeira mão das meias-finais da prova milionária.

Depois de estourar o champanhe na final da Taça da Liga, há menos de duas semanas, o City de Pep Gualdiola e dos portugueses Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva já reservou mais uma garrafa de espumante no frigorifico, para celebrar o sétimo título de campeão inglês, caso o vizinho e rival United perca, no domingo, com o Liverpool, campeão em título.

Um festejo a triplicar se imperar a lógica e o Manchester City eliminar uma formação parisiense desesperadamente à procura de uma segunda oportunidade para vencer a competição, depois da final de Lisboa, perdida (0-1) em 2019/20 para o Bayern de Munique.

Ainda em busca da primeira conquista na Champions, Manchester e PSG estão, assim, a um curtíssimo passo da final de 29 de Maio, que não pode ser dado em falso, especialmente pelos ingleses, cientes da capacidade de um adversário que eliminou os campeões europeus graças à vitória (2-3) conquistada no Alianz Arena, em Munique, o que lhe permitiu perder (0-1) em casa.

Pep Guardiola, conhecedor privilegiado da realidade bávara, não perderá a oportunidade para tentar marcar presença numa final europeia dez anos depois da conquista da segunda Liga dos Campeões, pelo Barcelona, o que ocorreria na quinta época ao serviço dos “citizens” e depois de três anos de Bayern.

O peculiar treinador catalão poderia, nesta altura, estar a torcer pela ausência do condicionado Kylian Mbappé, segundo melhor marcador da prova, com 8 golos. Mas o espanhol prefere derrotar os franceses na sua máxima força.

Pela primeira vez numa meia-final após cinco anos, o Manchester City preparou-se a fundo e poupou Rúben Dias, Bernardo Silva, Kevin de Bruyne, Gundogan, Mahrez e Phil Foden para este jogo. Mas, segundo Guardiola, é fundamental que a equipa “mantenha o controlo emocional” para não desperdiçar a oportunidade “de fazer história”, o que implica “manter os níveis de confiança da Liga inglesa” e evitar ser traída pelo resultado da primeira mão.

“Tenho a sensação de que vamos conseguir. Não queremos falhar esta oportunidade. Para a maioria dos jogadores, esta é a primeira vez que chegam aqui. E pela minha experiência, dispensamos as emoções. Temos que agir calmamente e fazer o que é preciso para vencer. Depois, a final será outra história”, declarou Guardiola, sem ilusões quanto à lesão de Mbappé.

“Ele vai jogar! Espero mesmo que jogue. Para bem do futebol e do próprio jogo, espero que recupere e possa jogar”, deseja o técnico do Manchester City.

De volta a Inglaterra, depois dos seis anos no comando do Tottenham, o argentino Mauricio Pochettino declarou que “a melhor equipa estará na final”, acreditando, obviamente, que o PSG pode rectificar o resultado do jogo da primeira mão e superar mais um opositor de respeito e que continua invicto na Champions, com 10 vitórias em 11 partidas (nulo com o FC Porto, na fase de grupos) e 23 golos marcados, contra quatro consentidos.

Mas depois de afastar Barcelona e Bayern de Munique, o técnico do PSG não tem razões para duvidar da capacidade da equipa, que em termos de resultados apresenta uma folha menos brilhante, com seis vitórias, um empate e quatro derrotas (duas nos dois últimos jogos) na competição, tendo marcado 21 golos e sofrido 12.

Pochettino prevê “uma batalha” intensa, em que o PSG “precisa ser agressivo e objectivo”, o que dependerá em boa medida da recuperação de Mbappé.

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