No Velho Oeste, com as aventuras da amizade e do amor

Com o selo da Gradiva, Gus de Christophe Blain é uma banda desenhada que ressuscita, com humor e gentileza, o western, para contar as aventuras de três eternamente apaixonados cowboys. Com referências ao cinema e ao cartoon, e um traço elegante e livre, não domesticável, que introduz o leitor a um universo estético, gráfico e narrativo.

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"Nathalie" da série "Gus" de Christophe Blain será editado pela Gradiva

Eis um acontecimento que não merece passar desapercebido: o autor de banda desenhada Christophe Blain (1970, Argenteuil, França) tem um álbum traduzido por uma editora portuguesa (Gradiva). Trata-se de Nathalie da série Gus, uma das mais populares deste premiado desenhador e argumentista. É verdade que chega com o atraso de 14 anos, mas a tempo de mostrar um universo gráfico, visual e narrativo. Por si, isso não elevaria Gus — é nome do protagonista — à condição de obra “a não perder”, mas, alegre-se o público leitor: o álbum é mais do que um álbum de banda desdenhada. Para começar, faz algo de inédito e precioso. Religa-nos a uma geração de autores franceses poucos divulgados entre nós — David B, Joann Sfar e Lewis Trondheim — e, acima de tudo, propõe-nos uma recriação do western à luz do cinema, dos desenhos animados e da ilustração.

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