Desconfinamento não é normalidade. Saiba o que (ainda) não pode fazer

O país entra na última fase do desconfinamento este sábado. Mas discotecas e bares continuam fechados, beber álcool na rua está proibido e as máscaras continuarão omnipresentes, entre outras restrições.

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O país entra este sábado na quarta e derradeira fase de desconfinamento, mas a realidade é que Portugal — e grande parte do mundo — está ainda muito longe de voltar a ser como era antes dos primeiros casos de covid-19. Várias restrições serão levantadas, mas muitos comportamentos e actividades que víamos como garantidos ainda não podem ser realizados.

O PÚBLICO relembra-lhe o que (ainda) não vai poder fazer nas próximas semanas ou meses.

Discotecas e bares continuam fechados

Terá de refrear os ânimos se pensava voltar a planear uma noite de dança com amigos. Fechados há mais de um ano, ainda não há planos para a reabertura dos estabelecimentos de diversão nocturna, algo confirmado esta quinta-feira pelo primeiro-ministro. Bares e discotecas permanecem, assim, fechados por tempo indeterminado. 

Na apresentação da última fase do plano de desconfinamento, o primeiro-ministro explicou que ainda não há previsão para uma reabertura do sector, encerrado pela última vez desde Março de 2020: “O calendário previsto não abrange outras actividades [como bares e discotecas], vamos aguardar o que nos dizem os especialistas.”

A esperança do sector reside agora na abertura das áreas exteriores dos espaços de diversão nocturna, mas uma eventual decisão neste sentido ainda terá de aguardar consenso do Governo e autoridades de saúde.

Beber álcool na rua

Com a entrada do país em situação de calamidade, continua a não ser permitido o consumo de bebidas alcoólicas na via pública, como forma de evitar ajuntamentos, no âmbito das medidas de combate à pandemia que se mantêm em vigor.

A violação destas regras está sujeita a uma coima que varia entre os 100 e os 500 euros, no caso de pessoas singulares, e entre os 1000 e os 5000 euros, para pessoas colectivas.

Jogos de futebol

Também não será possível regressar ao estádio para vibrar com os golos da sua equipa. À excepção de cinco jogos — que serviram de teste ao regresso do público —, algumas partidas do Santa Clara e um jogo da selecção nacional, a temporada disputou-se sem adeptos nos estádios, à semelhança dos últimos meses da temporada 2019-20.

Viagens

Com restrições à entrada de visitantes impostas por alguns países, a sua viagem de sonho poderá ter de esperar mais alguns meses.

A Islândia, por exemplo, apenas permite a entrada no país sem restrições de turistas que já receberam duas doses da vacina anticovid. Quem não tiver certificado de vacinação, terá de ficar em quarentena. Mas nem todas as vacinas são válidas, apenas os fármacos aprovados pela Agência Europeia de Medicamentos.

Se quiser viajar nas próximas semanas, deve inteirar-se das restrições impostas aos turistas na entrada do país que deseja visitar.

Teletrabalho

Se já estava em teletrabalho, é provável que o regresso ao escritório não aconteça tão cedo. Até 16 de Maio em todos os concelhos do país o teletrabalho manter-se-á obrigatório. A partir desta data e até ao final do ano, esta obrigatoriedade verifica-se apenas nos concelhos com maior risco de contágio pela covid-19.

Casamentos e baptizados a 50%

Ainda não é possível alongar-se muito na lista de convidados para os seus eventos privados. De acordo com as medidas da quarta fase de desconfinamento, ainda está limitado a convidar apenas o número de pessoas correspondente a 50% da lotação do espaço que acolherá a sua boda, baptizado, festa de aniversário ou restantes celebrações.

Festivais

Estão marcados, mas ainda não é conhecido o formato em que os festivais de música vão poder acontecer. Neste momento, as autoridades de saúde estão a promover eventos-piloto com algumas centenas de participantes para perceber se será exequível realizar eventos com grande número de espectadores em segurança nos próximos meses.

Por concentrarem dezenas de milhares de pessoas no mesmo espaço, os festivais de música são considerados eventos de alto risco de contágio. Por esse mesmo motivo, promotores viram-se obrigados a adiar os eventos para 2021, não sabendo ainda se terão de fazer novo adiamento para o final deste ano, ou, talvez, início de 2022.

Máscaras

Mesmo com o avanço da vacinação no país, o cumprimento das medidas de segurança e distanciamento social mantém-se imperativo. No último ano, as máscaras tornaram-se um bem de primeira necessidade, tão — ou mais — importantes do que a própria identificação: sem elas, o acesso a qualquer edifício ou negócio estava simplesmente vedado por questões de segurança. A importância deste objecto na travagem do contágio foi tanta que o seu uso passou a ser obrigatório na via pública.

A verdade é que o relaxamento no uso da máscara ainda está muito longe de acontecer em Portugal, tendo em conta que os equipamentos de protecção são um dos pilares fundamentais na prevenção de uma nova vaga do vírus, a par com o distanciamento social.

O uso de máscara deve continuar a ser obrigatório pelo menos até ao final do Verão, quando se prevê a obtenção de imunidade de grupo, afirmou na quinta-feira o primeiro-ministro.

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