Trump está a “considerar a 100%” recandidatura em 2024

O ex-chefe de Estado até já escolheu um possível candidato a vice-presidente num próximo mandato, o governador da Florida, Ron DeSantis.

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Trump discursou perante os apoiantes pouco antes de estes atacaram o Capitólio, a 6 de Janeiro JIM BOURG/Reuters

Donald Trump diz estar a “considerar a 100%” concorrer às eleições presidenciais de 2024 e contempla como possível aspirante a vice-presidente o actual governador da Florida, Ronald DeSantis.

Durante uma entrevista à Fox News Business, o antigo Presidente dos Estados Unidos afirmou que a fórmula “Trump-DeSantis” “encanta”, razão pela qual a está a considerar para uma recandidatura à Casa Branca nas próximas presidenciais.

Trump, que acabou o mandato de quatro anos em 20 de Janeiro, depois de ser derrotado pelo democrata Joe Biden nas presidenciais de 3 de Novembro de 2020, já tinha dito que queria voltar “à corrida eleitoral”.

“Estou a estudar muito seriamente, mais do que, mas por razões legais não quero realmente falar sobre isso agora. É demasiado cedo”, tinha referido o republicano a 20 de Abril.

A viver em Palm Beach, na Florida, desde o final de Janeiro, Trump recebeu a “peregrinação” de vários conservadores e figuras proeminentes republicanas em Mar-a-Lago, o clube privado que é também a “base das operações” da família Trump, com vista à conquista de apoio para as próximas intercalares, em 2022. De acordo com analistas republicanos, essas eleições são a agora a prioridade do ex-chefe de Estado.

Trump apadrinhou a candidatura de DeSantis nas eleições de 2018 e, desde então, o governador da Florida é um dos maiores aliados do magnata. Ron DeSantis foi, em Fevereiro, o anfitrião da Conferência de Acção Política Conservadora, em Orlando (Califórnia), na qual foi considerado o preferido para a candidatura às eleições presidenciais de 2024.

O final do mandato de Trump foi atribulado. Desde que os principais órgãos de comunicação social norte-americanos, como a televisão CNN e os jornais The New York Times ou o The Washington Post, anunciaram as primeiras projecções que apontavam para vitória de Biden, até à confirmação no Congresso do democrata, o percurso foi tumultuoso.

Na própria noite eleitoral, Trump declarou-se vitorioso e referiu que se o resultado fosse diferente era sinal de que tinha havido fraude, perpetrada pelos democratas.

Seguiu-se uma campanha de descredibilização do sistema eleitoral norte-americano, várias acções judiciais que contestavam os resultados – principalmente nos estados com maior número de votos no Colégio Eleitoral e onde Biden venceu – e acusações infundadas de fraude eleitoral, dinamizadas por Trump, pela família do antigo Presidente, pelo advogado Rudy Giuliani e pelos apoiantes de então residente.

O pico desta agitação foi a invasão do Capitólio, a 6 de Janeiro, que visava impedir a confirmação da vitória de Biden no Congresso, impulsionada por Trump durante um discurso perante a multidão que acabaria de atacar a sede do Congresso, em Washington. Considerado autor moral deste ataque ao Capitólio, Trump foi alvo de um segundo processo de destituição, mas sem sucesso.

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