Sociedade Fernandes & Cavani esmaga Paulo Fonseca

O Manchester United derrubou a Roma, enquanto o outro jogo da noite, nas “meias” da Liga Europa, ditou triunfo do Villarreal frente ao Arsenal.

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Fernandes e Cavani celebram em Inglaterra LUSA/PETER POWELL

Dois golos e duas assistências de Bruno Fernandes, dois golos e duas assistências (mais um penálti ganho) de Edinson Cavani. Nesta quinta-feira, a Liga Europa foi deles. O Manchester United esmagou a Roma por 6-2, em Inglaterra, na primeira mão da meia-final, um resultado pesado para a equipa orientada por Paulo Fonseca, que terá de marcar pelo menos quatro golos em Itália, no segundo jogo. Se acontecer – e nada indica que aconteça –, será das eliminatórias mais épicas da história.

O jogo entre ingleses e italianos parecia condenado a este desfecho. Só na primeira parte a Roma teve de fazer nada mais, nada menos do que três substituições por lesão. Perdida, a formação italiana, apesar de não ter bola e de estar em bloco defensivo baixo, permitia transições – sinal de que tinha a equipa “partida” e com muito espaço entre sectores.

O United jogava como queria, ora em transição, ora com combinações à frente da defesa italiana. E o golo chegou cedo. Aos 9’, Pogba fez uma jogada individual, chamou Cavani ao serviço e o uruguaio, com um grande passe, isolou Bruno Fernandes, que “picou” com classe. Grande golo dos ingleses, que mostravam por que motivo a Roma é, na Liga italiana, a pior defesa dos 12 primeiros classificados.

Aos 13’, o jogo mudou, quando Paul Pogba mostrou o jogador que é: capaz de arrancadas como fez no golo do United e repetente em desconcentrações e displicências. O francês fez um “carrinho” e ergueu o braço para cortar a bola. Houve penálti convertido por Pellegrini, num cenário já visto: desde 2019/20, o United teve nove penáltis contra e quatro foram cometidos por Pogba.

O United manteve o jogo controlado, mas Dzeko, num contra-ataque, fez o 2-1. O réu foi, desta vez, Luke Shaw, que ficou “a dormir” no momento de colocar Mkhitaryan em fora-de-jogo, antes de o arménio assistir Dzeko.

A Roma, que pouco atacou, fez dois golos em duas aproximações à área inglesa, num resultado pouco lógico para o que se passava. Na segunda parte a lógica foi reposta, sobretudo com a reunião da “sociedade” Fernandes & Cavani.

Primeiro, aos 48’, quando Bruno Fernandes devolveu a “gentileza” e colocou o uruguaio na cara do golo – boa finalização ao ângulo superior. Depois, aos 63’, quando a defesa italiana, sempre errática, permitiu uma recarga fácil de Cavani.

Ainda houve 4-2 aos 72’, num penálti em que estiveram envolvidos os do costume (Cavani sofreu a falta, Bruno Fernandes converteu), 5-2 aos 76’, num golo de Pogba, e 6-2 aos 86’, num contra-ataque finalizado por Greenwood (Cavani assistiu). Tudo fácil frente a uma Roma azarada, mas que se mostrou, ainda assim, demasiado frágil para uma meia-final europeia.

No outro jogo da noite houve duelo ente Villarreal e Arsenal, arbitrado pelo português Artur Soares Dias, árbitro convocado para o Euro 2020.

A equipa espanhola venceu por 2-1, em casa, numa partida que terminou dez contra dez. O Arsenal acabou por ter pouco futebol, mas um penálti, aos 73’, suavizou a derrota. Um triunfo por 1-0, em Londres, será suficiente para a equipa de Mikel Arteta.

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