Manchester City ganha vantagem em Paris

Triunfo de reviravolta da equipa de Guardiola sobre o PSG por 1-2 na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões.

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O City está em vantagem no duelo com o PSG LUSA/YOAN VALAT

Não haverá equipas no futebol que tenham investido mais em busca de um título europeu. PSG e Manchester City têm estado entre os mais gastadores da última década, alimentados pelos recursos ilimitados dos seus donos árabes, e, no entanto, nenhum deles conseguiu ganhar a Liga dos Campeões. Isso pode mudar esta época e, depois do jogo da primeira mão, em Paris, é o City quem está mais perto de chegar à final. Um triunfo com reviravolta, por 1-2, deixou a equipa de Pep Guardiola mais próxima da final e os gauleses mais longe de, no mínimo, fazerem o mesmo da época passada.

A partir dos bancos, era um duelo entre dois homens que já foram adversários, como jogadores e como treinadores, ambos inspirados pelo mesmo técnico (Marcelo Bielsa), mas com ideias bem diferentes. O PSG de Mauricio Pochettino assente no seu trio maravilha da frente (Mbappé, Neymar e Di María), o City de Pep Guardiola sem avançados, mas com muita mobilidade e criatividade de homens como Bernardo, Mahrez, Foden ou De Bruyne — e, claro, uma forte presença portuguesa no “onze”, com Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva.

Com toda a criatividade em campo, o primeiro golo do jogo aconteceu numa bola parada. Logo aos 15’, Di María bateu um canto perfeito que pingou para a área e para o cabeceamento certeiro de Marquinhos. A vantagem do PSG até se justificava pela rapidez com que chegava à área dos “citizens”, mesmo que Mbappé não parecesse estar nos melhores dias. Neymar, pelo contrário, parecia cheio de vontade de brilhar.

A meio da primeira parte, o City equilibrou as coisas e, pouco antes do intervalo, teve uma bela oportunidade de empatar, numa recuperação a meio-campo, em que a bola sobrou para Bernardo Silva. O criativo português deixou para Foden, que obrigou Navas a boa defesa.

O melhor momento do City prolongou-se para a segunda parte e deu frutos aos 64’, num lance de génio meio acidental de Kevin de Bruyne. Bem longe da baliza, o belga lançou uma bola a pingar na pequena área, em jeito de cruzamento, mas a bola bateu na relva e enganou Navas, completamente paralisado. Pouco depois, aos 71’, um livre directo de Ryad Mahrez resultou no 1-2 do City, um golo em que o argelino beneficiou muito da má composição da barreira dos parisienses.

As coisas pioraram ainda mais para a equipa de Pochettino com a expulsão, por vermelho directo, de Idrissa Gueye, com o técnico argentino a compor a equipa com a entrada de Danilo Pereira, aos 80’.

Nada mudou até ao final e, como as coisas estão, tudo parece encaminhar-se para uma final britânica, entre o Chelsea, que empatou na terça-feira (1-1) em Valdebebas com o Real Madrid, e este City de Guardiola, que deseja voltar à decisão da Champions uma década depois de ter conquistado o seu segundo título como treinador do Barcelona. 

Se esta vantagem é suficiente, saberemos no jogo da segunda mão, que terá lugar na próxima terça-feira, no Etihad.

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