Universidade Nova de Lisboa apresenta projecto para novo campus de Campolide

Ainda não há projecto de arquitectura para os novos espaços. Universidade vai vender instalações na Avenida de Berna para financiar a operação.

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A Universidade Nova quer acrescentar dois novos edifícios ao Campus de Campolide Margarida Basto (arquivo)

A Universidade Nova de Lisboa apresentou esta terça-feira o projecto para um novo campus universitário em Campolide que integrará a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Nova FCSH) e a Nova Information Management School (Nova IMS). Numa sessão “online” intitulada “Dia do Campus de Campolide”, que contou com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, o reitor da Universidade Nova de Lisboa, João Sàágua, afirmou que o novo campus será “um lugar de convergência de áreas do conhecimento decisivas para a sociedade, um espaço moderno e tecnologicamente avançado.”

Além de um novo edifício para a Nova FCSH e de um outro para a Nova IMS, cujas maquetes foram apresentadas no evento, o campus vai acolher também dois novos centros que estão a ser criados, mas que contam já com projectos em curso: o Centro de Inovação Social (INNO) e o Nova Smart Campus Living Lab. O conceito do campus ainda não tem projecto arquitectónico, mas Sàágua disse à Lusa que a construção dos dois novos edifícios que servirão de casa à FCSH e à IMS está prevista para 2022 e deverá levar três anos até estar concluída.

 "O novo Campus de Campolide é um projecto que visa criar uma centralidade baseada em conhecimento e cultura que sirva a cidade, as comunidades envolventes e que seja apropriado pelos munícipes, fazendo parte das suas vidas”, disse Sàágua. Enquanto o Nova Smart Campus Living Lab será uma infra-estrutura tecnológica e estratégica para a transferência de conhecimento e inovação na área de Espaços Inteligentes e Sustentáveis, o INNO consistirá num centro de inovação social, que terá como principal propósito a realização de projectos inovadores com vista a colmatar alguns dos grandes desafios sociais da actualidade. 

O vice-reitor da universidade, José Ferreira Machado, disse no evento que a instituição idealizou o campus como “um parque urbano aberto à comunidade” e “um equipamento integrado no bairro de Campolide” e na nova Praça de Espanha.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, admitiu que o projecto se insere “muitíssimo bem” na visão que a Câmara tem “relativamente à integração urbana da zona”, nomeadamente no plano de transformação do Estabelecimento Prisional de Lisboa em residência universitária.

Relativamente à pegada ambiental, e de olhos postos no futuro, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, disse: “Mais do que a transição para o digital, os desafios que temos de nos impor para garantir a descarbonização da economia em direcção à neutralidade carbónica passam por estes campi de experimentação”.

João Sàagua, em declarações à Lusa, explicou que as instalações da Avenida de Berna “serão vendidas perante a melhor oferta” de modo a viabilizar “a construção do novo edifício em Campolide em termos óptimos”, não especificando valores. “É certo que o que aqui vimos é só um conceito, sem dimensão nem formas definitivas. Não temos ainda um programa preliminar, e muito menos um projecto de arquitectura, mas este conceito já nos permite sonhar e desafia-nos a pensar a nossa visão do futuro”, frisou Caramelo.

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