Rúben Amorim: “Sabemos o momento, não somos ingénuos”

Treinador do Sporting garante que está satisfeito com o rendimento de Paulinho. “É rematar melhor à baliza”, diz.

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Rúben Amorim, treinador do Sporting REUTERS/Pedro Nunes

O Sporting é um líder menos tranquilo agora do que era no início do mês. Três empates nos últimos quatro jogos reduziram a vantagem para o FC Porto de dez para quatro pontos e o próximo embate dos “leões” é do mais difícil que irá ter até ao fim do campeonato, uma viagem até ao Minho para defrontar o Sp. Braga. Mas Rúben Amorim, sempre naquele discurso do “jogo a jogo”, rejeita qualquer dimensão decisiva para o confronto com a sua ex-equipa.

“O jogo é decisivo para o Braga porque, se o Sporting ganhar, o Braga está matematicamente fora do título. Para nós é sempre decisivo porque somos o Sporting. Sabemos o momento, não somos ingénuos, mas não é decisivo para nada”, reforçou o treinador dos “leões”, olhando para os bracarenses como “uma excelente equipa que ainda está na luta, que joga num sistema que encaixa” no do Sporting.

Parte da narrativa que tem acompanhado a baixa de forma dos “leões” tem sido o pouco rendimento de Paulinho, o avançado que o Sporting contratou ao Sp. Braga em Janeiro e que ainda só marcou um golo com a sua nova equipa apesar de ter sido titular com frequência. Amorim garante que está satisfeito com o rendimento do avançado e que não mudou de opinião sobre ele.

“É o melhor avançado do campeonato português e continua a ser. A meu ver, está a fazer bem o trabalho. A minha opinião pode não ser a mais válida, mas é a mais importante porque sou eu que os meto a jogar. Estofo? Tem estofo. Ele veio do Santa Maria e agora é internacional português. Faz parte. Quem vem para o Sporting tem de se habituar a esse nível de pressão. Temos de levar isto com naturalidade. Eu vinha a avisar para estes momentos, o Paulinho tem de aguentar”, afirmou.

Não tem sido só Paulinho a marcar pouco nos últimos jogos. Toda a equipa está a atravessar um momento menos goleador, mas Amorim diz que isso não é um sinal de que está a jogar pior: “Se estamos a criar mais, é rematar melhor à baliza. Nem sempre quando está tudo bem tem de se manter tudo. Quando os resultados não aparecem, as pessoas têm duvidas, mas não vou mudar. Acredito que este é o caminho, aconteceu no Braga e no Sporting, vai acontecer mais vezes. Eu sou o treinador e não gosto de ser condicionado. Baseio-me nas pessoas que estão aqui e naquilo que penso.”

O Sporting chega a este jogo depois de um empate caseiro a meio da semana com a Belenenses SAD, num jogo marcado por erros de dois dos jogadores mais experientes, Adán (que errou no segundo golo) e João Mário (que falhou um penálti). Para Amorim, não foram erros de ceder à pressão da recta final do campeonato.

“Faz parte, todas as equipas sentem o mesmo. Com estes empates, a distância diminuiu e a pressão aumenta. O João Mário chutou para aquele lado, o guarda-redes escolheu o mesmo lado. O Adán pensou duas coisas ao mesmo tempo, se estive ansioso teria mandado para a frente. Não foi mais que isso. Nesse jogo, mesmo aos 82’, marcamos um, vamos buscar a bola à baliza para ir à procura do segundo. Para mim isso é um sinal de tranquilidade, eles estão a dar o máximo eu tenho muito orgulho de os treinar.”

Amorim revelou ainda que o marroquino Feddal está de volta aos eleitos e confirmou a indisponibilidade de Tabata. Se a ausência do brasileiro significa o regresso de Plata, Amorim não abre o jogo: “Amanhã veremos se ele vai para o banco, ou não. Está a trabalhar bem.”

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