Miguel Maia regressa a Espinho e à Académica

Aos 50 anos, o mais notável representante do voleibol português regressa ao clube que o lançou, para jogar ao lado do filho.

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Um dia depois de ter completado 50 anos, Miguel Maia viu ser oficializado o regresso às origens. A Espinho, cidade na qual tem cumprido a maior parte da carreira, e concretamente à Académica, clube que o viu nascer para o voleibol. O mais titulado voleibolista português vai continuar na alta-roda, agora com o filho como companheiro de treinos.

“Bem-vindo, Miguel Maia. O maior dos maiores do voleibol regressa a casa. Juntos, somos a Académica de Espinho”, escreveu a direcção do clube nas redes sociais, anunciando o retorno de uma autêntica lenda do voleibol e do desporto nacional.

Foram quatro épocas no Sporting, clube no qual serviu como pilar para a reconstrução da modalidade e que conduziu a um título nacional (2017-18), mas esse capítulo chegou ao fim nesta temporada. O que parece inesgotável é a energia do ex-internacional e olímpico português, que está pronto para um novo desafio, na cidade que ajudou a catapultar para os livros de honra do voleibol.

No final da década de 1970, fez os primeiros passes, blocos e manchetes na Académica de Espinho, antes de participar no único título do clube no principal escalão (1989-90) e de mudar para o Sporting (na primeira “aventura”) por três temporadas. Seria novamente em Espinho, mas ao serviço do Sporting local, que conseguiria os maiores êxitos - um pecúlio que incluiu um hexacampeonato, de 1994-95 a 1999-00, e a conquista da Taça CEV.

Agora, o desafio é outro. A Académica liderava, à data da paragem competitiva imposta pela pandemia, a fase regular da II divisão e até tinha medido forças com o Sporting num encontro da Taça de Portugal, que ficou marcado pelo frente a frente entre Miguel Maia e Guilherme Maia, pai e filho, separados por 32 anos. Na próxima época, treinar-se-ão e jogarão lado a lado, representantes consanguíneos de duas gerações do voleibol português.

“Sinto uma profunda satisfação, porque continuo a fazer o que gosto. É uma paixão que vem desde os seis anos e que nasceu numa cidade que respira voleibol, com dois clubes que são baluartes da modalidade”, resume Miguel Maia.
 

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