Madeira avança com testes à covid-19 gratuitos para a população nas farmácias

Testagem começa na próxima semana e os madeirenses abrangidos vão poder fazer um teste rápido antigénio gratuito de duas em duas semanas.

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LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

A Madeira vai avançar com um programa de rastreio em massa à covid-19 que vai abranger toda a população maior de 16 anos. O programa, que arranca a partir da próxima segunda-feira, é gratuito, e será realizado em farmácias do arquipélago, com a periodicidade de duas em duas semanas.

O objectivo, explicou esta sexta-feira aos jornalistas o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, é conhecer a realidade epidemiologia da região autónoma, para que as decisões tomadas tenham por base o “mundo real”.

O combate à pandemia, disse o chefe do executivo madeirense, não pode ser feito apenas pelo governo. “É necessário envolver todos os parceiros e a população”, continuou pedindo responsabilidade às pessoas para que adiram à campanha de testagem gratuita.

Albuquerque falava no final da assinatura do protocolo com a Associação Nacional de Farmácias (ANF), que vai permitir operacionalizar o programa de rastreio, que está inserido na estratégia da região autónoma para o combate e controlo da pandemia.

A região contratualizou cerca de 200 mil testes, num investimento global a rondar os 3,5 milhões de euros. O programa vai estar em vigor pelo menos até 30 de Dezembro, podendo ser ajustado de acordo com a evolução da pandemia, e conta, para já, com uma rede de 26 farmácias aderentes.

Marcação através de linha telefónica 

Os testes serão realizados mediante marcação, através da linha telefónica 1400 ou directamente numa farmácia, e deixam de fora crianças e jovens até aos 16 anos, que já são alvo de rastreios nos estabelecimentos escolares. A população abrangida poderá fazer um teste rápido de antigénio de 14 em 14 dias.

O director regional de Saúde, Herberto Jesus, enquadrou a decisão de avançar para uma campanha de testagem direccionada para os residentes, com a alteração do quadro pandémico na Madeira. No início, explicou, existia um quadro de prevalência de casos importados, daí que a aposta foi no rastreio à chegada ao aeroporto. Agora, verifica-se maior incidência de casos de transmissão local, e a maioria dos que chegam à Madeira já vem com teste feito, vacinado ou em recuperação.

Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF, elogiou o acordo com executivo, considerando-o fundamental para o combate à covid-19. “Cada dia conta”, vincou. “São vidas que salvamos. São empresas que evitamos que fechem”, acrescentou, depois da bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, destacar a estratégia conjunta da ANF e do governo madeirense. “Desde o início da pandemia, a Madeira teve o controlo da situação. Não andaram atrás do vírus. Andaram à frente do vírus, e isso faz toda a diferença.”

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