A força do companheiro Vasco

O sectarismo rancoroso ou a noção de que a liberdade não é um direito mas uma outorga não deixam de ter um cheirinho do passado que Abril enterrou.

Não custa muito admitir que o pedido da Iniciativa Liberal à comissão promotora para participar no desfile do 25 de Abril em Lisboa tenha implícito um leve desejo de provocação ou até um vago propósito de provocar um incidente – deve ter custado horrores a João Cotrim Figueiredo pedir a anuência de uma associação marcada pela ideologia de combate aos ideais liberais ou neoliberais. Mas se neste capítulo estamos a falar de suposições ou a fazer juízos de intenção, na resposta que a IL recebeu da Associação 25 de Abril estamos a falar de factos lamentáveis. A organização liderada pelo coronel Vasco Lourenço, um dos rostos do golpe que restituiu a liberdade e a democracia aos portugueses, respondeu com uma recusa hipócrita que revela um conceito de liberdade e de democracia limitado.

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