Morreu Walter Mondale, antigo vice-Presidente dos EUA

Acompanhou Jimmy Carter no seu único mandato na Casa Branca. Em 1984, Mondale candidatou-se à presidência, sendo derrotado por Reagan.

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Walter Mondale morreu aos 93 anos Reuters

O antigo vice-Presidente norte-americano Walter Mondale morreu esta segunda-feira à noite na sua casa em Mineápolis, aos 93 anos. Foi a segunda figura da Administração de Jimmy Carter e, em 1984, foi o candidato do Partido Democrata à presidência, sendo derrotado por Ronald Reagan.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, homenageou Mondale, a quem chamou de “querido amigo e mentor”. Biden recordou que o antigo “vice” foi a primeira pessoa a quem ligou quando Barack Obama o convidou para ser candidato ao mesmo cargo, na campanha de 2008. “Foi Walter Mondale quem definiu a vice-presidência como uma parceria completa, e ajudou a dar um modelo para o meu serviço”, afirmou Biden, através de um comunicado.

Como vice-Presidente, Mondale foi o primeiro a ter um gabinete na Casa Branca, a partir de onde ajudou Carter ao longo do mandato, sobretudo na coordenação com os congressistas. Era uma época de grande conflito no Congresso, incluindo no seio do próprio Partido Democrata.

“Durante a nossa Administração, Fritz [como era conhecido Mondale] usou a sua capacidade política e a integridade pessoal para transformar a vice-presidência numa força dinâmica e condutora de políticas como nunca tinha sido visto antes, e que existe até hoje”, disse Carter, num comunicado de homenagem.

A parceria entre Carter e Mondale durou apenas quatro anos. Em 1980, foram derrotados por Reagan que, quatro anos depois, derrotou a candidatura de Mondale à Casa Branca com vitórias em todos os estados, com excepção do Minnesota, de onde Mondale era natural.

Apesar da derrota, a candidatura de Mondale foi a primeira que incluiu uma mulher como candidata a “vice”, a congressista Geraldine Ferraro. Mondale ainda foi nomeado como embaixador no Japão e chegou a ser enviado-especial da Administração de Bill Clinton na Indonésia, lembra a CNN.

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