O que pode dizer um rosto

“Não sei se foi sorte — ou se seria sempre assim quando se faz obituários — mas nunca senti que estava a fazer um trabalho triste. Comovente, sempre. Às vezes, duro. Mas acabava sempre feliz. A minha sensação é que nestes textos transparecia o amor pela vida das pessoas de quem eu tinha o privilégio de conhecer através das palavras de quem as tinha conhecido.” A experiência de escrever sobre a morte de pessoas com covid-19.

Foto

Sempre gostei de ler obituários. De ficar a saber o que certa pessoa tinha feito com a sua vida, o que tinha deixado. Algumas pessoas não resistem a casamentos. Eu não resisto a obituários. Neles cabem também casamentos, amores e ainda separações, desilusões, perdas. Cabem grandes feitos e encontros com pessoas célebres. Neles podemos ver o arco de uma vida, se foi cumprida, se terminou demasiado cedo, se houve uma grande ascensão para logo depois haver uma queda.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 1 comentários