Autarca de Miranda do Corvo aguarda por Conselho de Ministros para decidir desconfinamento

Miguel Baptista diz que o concelho, que está “em alerta” nos próximos 15 dias em relação à incidência, respeita as deliberações do Conselho de Ministros. Turismo da Costa Vicentina manifesta-se “seriamente preocupada”.

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LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Miranda do Corvo, em Coimbra, é um dos 13 municípios que estão “em alerta” nos próximos 15 dias: é a primeira avaliação com uma taxa de incidência superior a 120 novos casos por cada 100 mil habitantes. Se na próxima avaliação quinzenal estes municípios continuarem em situação de risco, poderá ser necessário recuar ou não avançar no plano de abertura de desconfinamento.

Contactado pelo PÚBLICO, o presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Miguel Baptista, refere apenas que a autarquia respeita as deliberações do Conselho de Ministros. “Esperámos pela decisão do Conselho de Ministros, que é pública, e vai no sentido de que Miranda do Corvo se mantenha em situação de alerta”, diz, mas avançando um passo no desconfinamento.

“Já tivemos restrições muito fortes e sempre respeitámos”, acrescenta, dizendo que a informação que foi comunicada ontem pelo primeiro-ministro é a única que chegou ao município.

Rota Vicentina pede reavaliação urgente da inclusão de Odemira no desconfinamento

Mais a sul, a Associação para a Promoção do Turismo de Natureza na Costa Alentejana e Vicentina (Rota Vicentina), está “seriamente preocupada” com a decisão do Governo de fazer “regredir” as medidas de confinamento no concelho de Odemira.

No comunicado enviado ao PÚBLICO a Rota Vicentina refere que a medida “penalizará toda a economia local e actividades várias” que têm ficado à margem da evolução da pandemia no concelho.

Embora compreenda que “será difícil analisar cada situação caso a caso” a evolução dos focos pandémicos a nível nacional, o concelho de Odemira requer uma análise particular, nomeadamente por ter uma “população permanente que não é considerada residente”. Este facto, refere a Rota Vicentina, “altera drasticamente” os indicadores de referência, lembrando o país “tem lutado” a nível europeu por uma avaliação que considere as taxas de testagem, e “não é justo que o mesmo critério não seja aplicado a nível interno”.

A associação recorda que Odemira procedeu a uma campanha de testagem massiva nas últimas duas semanas que, sendo essencial ao controle da situação, “deve ser devidamente ponderada nos indicadores”. Tomando como referência a situação económica e social no concelho do litoral alentejano que “é de extrema gravidade” a associação Rota Vicentina considera que é de exigir ao Governo “uma reavaliação urgente” da decisão que tomou, assim como uma “verificação rigorosa” da real situação pandémica do concelho de Odemira.

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