Área verde do Parque da Cidade vai crescer para lá do Queimódromo

A intervenção no remate poente do maior parque urbano do Porto vai integrar cerca de 6500m2 de pavimento do Queimódromo. A obra prevê, ainda, a plantação de cerca de 2800 árvores e arbustos e representa um investimento de mais de 2,6 milhões de euros.

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Paulo Pimenta

Em Novembro, a Câmara Municipal do Porto (CMP) anunciou a desactivação de uma parte do Queimódromo do Porto no âmbito das obras de expansão do Parque da Cidade, que abrangem uma área de 10,2 hectares. O verde começou a avançar sobre o alcatrão esta semana e vai passar a integrar cerca de 6500m2 do pavimento do Queimódromo. A intervenção insere-se na operação de requalificação do remate poente e corresponde à “terceira e última fase da conclusão da obra do Parque da Cidade, de acordo com o projecto do professor e arquitecto paisagista Sidónio Pardal”, segundo nota do município. 

Além da renaturalização desta parcela de terreno, a empreitada de reconfiguração e valorização do parque inclui a reabilitação da área contígua ao lago, a criação de uma zona de estadia, o acabamento do anfiteatro, a construção de um edifício de apoio e de balneários e a reformulação paisagística da zona desportiva do parque – a última está em concurso até 23 de Abril. Além disso, o projecto pretende melhorar os acessos na zona de transição entre o parque, o viaduto e a frente marítima. É por ali, junto às escadas de acesso ao Sea Life, que se vai manter a entrada para o parque no decorrer das obras.

Reforço da vegetação

A empreitada em curso prevê, ainda, um reforço da vegetação existente através da plantação de 1350 árvores e 1430 arbustos, que se juntarão às cerca de 500 árvores plantadas recentemente. A soma de 2800 exemplares ao terreno reflecte a “necessidade de podar, de plantar, mas também de abater alguns exemplares, que serão largamente compensados com novas plantações”, sustenta a autarquia. O prazo de execução da obra é de 240 dias e representa um investimento geral superior a 2,6 milhões de euros. 

Também esta semana, a CMP lançou o concurso público para a obra de ampliação do Parque de São Roque, em Campanhã, que terá mais um hectare a acrescentar aos seus quatro hectares de área. A extensão diz respeito a uma zona de mata, actualmente inacessível ao público, e representa um investimento municipal próximo dos 640 mil euros. As propostas, cuja entrega será feita em formato electrónico, deverão considerar um prazo de execução de 180 dias.

Mais um hectare a oriente

A área a ser intervencionada destaca-se, segundo a câmara, por ser “mais plana que a topografia associada a São Roque” e que, nas palavras de Filipe Araújo, vice-presidente da CMP e vereador com os pelouros do ambiente e inovação, tem potencial para “surpreender pelas vistas bonitas sobre o rio Douro”. A expansão do parque será acompanhada da substituição de eucaliptos por árvores autóctones e a reabilitação dos caminhos internos.

Recentemente, já havia sido lançado o concurso público para a obra de beneficiação do Parque de São Roque que, como as anteriores, está a cargo da empresa municipal GO Porto e integra a estratégia municipal de aumento das áreas verdes. Neste caso, o investimento ronda os 825 mil euros e prevê um prazo de execução de 365 dias. Os trabalhos deverão incluir o reforço da iluminação, a substituição e relocalização do mobiliário urbano, a requalificação das principais redes de água e electricidade, a criação de infra-estruturas para rede wireless, a construção de um espaço de apoio ao parque, reformulação do edifício dos balneários, onde ficarão os novos balneários, copa e escritório. Também está planeada a reformulação da envolvente do Palacete Ramos Pinto, que desde 2019 acolhe a Casa São Roque – Centro de Arte.

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