Bike4tourism: evento português quer unir cicloturistas de todo o mundo e bater recorde

No dia 30 de Maio, proposta Algarve Nature Tours quer participantes de todo o mundo a pedalar e a mostrar os “mais belos lugares perto de suas casas”. Uma inspiração para futuros passeios e, com sorte, bater um recorde mundial.

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Nelson Garrido (Arquivo)

Chama-se Bike4tourism, decorre ao longo de todo o dia de 30 de Maio, nos diferentes fusos horários pelo globo, e tem como objectivo “juntar o máximo de participantes a nível mundial para alcançar um novo recorde do mundo usando a bicicleta”.

Não é uma competição, antes um momento de partilha, “unidos pelo desejo de voltar a atravessar fronteiras, pelo gosto da bicicleta, pela promoção de um turismo responsável e sustentável e pelo espírito de partilha”, aponta a organização em comunicado.

Numa bicicleta estática, citadina, de estrada, todo-o-terreno ou eléctrica, desde que dê para contabilizar todos os quilómetros percorridos e marcar o início e o fim da prova, é possível participar no evento, organizado pela marca Algarve Nature Tours, da empresa Domitur Viagens e Turismo.

É certo que os participantes não vão pedalar em conjunto, nem sequer na mesma rota. Cumprindo as regras de distanciamento social impostas por cada país, a ideia é que cada um faça um passeio em bicicleta perto da área de residência e partilhe o trajecto e fotografias “dos mais belos lugares perto de suas casas”, criando-se uma grande rede viajante a pedais pelo mundo, para inspirar futuras viagens quando a pandemia o permitir, repleta de sítios “recomendados por quem melhor os conhece”.

Para iniciar a prova, “o participante tem de publicar uma foto no grupo de Facebook [do evento], equipado e pronto a começar” e, durante o passeio, “tirar uma foto num monumento ou num local de interesse da sua localidade, de maneira a promover o turismo”. Concluído o passeio, há que descarregar o percurso na aplicação móvel STRAVA, para que todos os quilómetros pedalados pelos participantes possam ser contabilizados e, quem sabe, bater um novo recorde mundial.

Existem quatro categorias de inscrição, gratuita apenas para menores de 18 anos. O bilhete simples custa 12€ por pessoa (valor com desconto até 20 de Abril, passando a 18€) e garante um certificado de participação, o livro electrónico “Kit essencial – como preparar uma saída de bicicleta”, “check list ‘Qual o tamanho da sua pegada ecológica'” e a doação de 0,50€ como “contribuição para causa ambiental”. O bilhete VIP custa 19€ (passa depois a 25€) e, além dos itens anteriores (contribuição sobe para 1,50€), dá direito a 10€ de voucher na Algarve Nature Tour e “acesso a sorteio de vários prémios”. O bilhete gold custa 40€ por pessoa (passa a 50€) e pretende “fazer a diferença”: a tudo o resto acrescenta uma “contribuição com 20€ para causa ambiental à sua escolha”.

Nos prémios em sorteio contam-se vouchers para estadias em hotéis em várias localidades do país, para passeios de barco com partida de Portimão e para viagens de carro na Europcar, parceira do evento – e que no seu negócio de alugueres também inclui bicicletas.

“Caso venha a acontecer o cancelamento da prova no dia 30 de Maio de 2021, a sua inscrição passará automaticamente para a data de reagendamento do evento”, informa a organização, acrescentando-se que “em qualquer situação a organização não fará a devolução do valor da taxa de inscrição”.

Com a pandemia, a Domitur e a Algarve Nature Tours viram “o trabalho de um ano destruído em 15 dias”. “Fomos obrigados a cancelar as viagens todas dos nossos clientes, a devolver o dinheiro e, de repente, ficámos com três anos de trabalho perdidos”, recordam no site do evento. “O de 2019, onde tratámos das reservas dos nossos clientes que viajavam em 2020; o de 2020, porque não houve qualquer reserva; e o de 2021, porque normalmente os nossos clientes reservam tudo com um ano de antecedência.” Ainda sem saber o que esperar do próximo ano, acreditam que “demorará o seu tempo a reconstruir aquilo que perdemos nesta fase”.

Este evento surge da vontade de “não baixar os braços”. “Não podendo oferecer a possibilidade aos nossos clientes de visitarem Portugal, queremos na mesma transmitir-lhes esperança.”

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