Se isto não aconteceu a José Sócrates, podia ter acontecido

O ex-ministro Álvaro Vieira Branco não é José Sócrates, apesar de, como o ex-primeiro-ministro, viver acima das suas possibilidades e ter um motorista que lhe faz chegar dinheiro em envelopes. O guião da série Prisão Domiciliária, que a OPTO estreia esta sexta-feira, parece decalcado dos calhamaços da Operação Marquês. Mas não, é só a ficção portuguesa a apontar o dedo à corrupção.

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Um político corrupto, com uma vida acima das suas possibilidades, a cumprir prisão domiciliária enquanto as autoridades investigam os seus negócios, com um motorista especializado em fazer-lhe chegar envelopes de dinheiro e uma mãe forçada a vender a casa para custear as despesas do clã. A série Prisão Domiciliária, que se estreia esta sexta-feira na Opto, a plataforma de streaming da SIC, arranca com um ecrã de fundo negro a garantir que qualquer semelhança com personagens ou eventos reais é mera coincidência. Mas a colagem ao caso de José Sócrates é flagrante e seria um elefante na sala, não se desse o caso de o principal argumentista da série, João Miguel Tavares, ser o primeiro a assumir que o ex-primeiro ministro, em vias de responder em julgamento por seis dos 31 crimes que lhe são imputados, foi durante vários anos uma espécie de obsessão lá de casa.

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