Uma vingança por inteiro: PSG manda o campeão para casa

A equipa francesa eliminou o Bayern e fica, agora, à espera de saber o que acontece no Borussia Dortmund-Manchester City, marcado para esta quarta-feira (20h).

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LUSA/IAN LANGSDON

Metade na semana passada, outra metade nesta terça-feira. E está vingada, por inteiro, a final da Liga dos Campeões 2019/20. Em Paris, o PSG perdeu frente ao Bayern de Munique, por 1-0, mas o 3-2 conseguido na semana passada, na Alemanha, foi suficiente para passar a eliminatória pelos golos marcados fora. E o campeão vai para casa.

Na reedição da final da última temporada, vencida pelo Bayern, em Lisboa, os telespectadores – nas bancadas não havia ninguém – puderam ver um dos melhores jogos da temporada.

Oportunidades de golo, grandes defesas, lances artísticos, jogadas colectivas, intensidade e, sobretudo, incerteza. Houve de tudo, como é suposto haver na nata do futebol mundial.

Passou o PSG, mas o desperdício dos gauleses, sobretudo de Neymar – que fez um grande jogo, mas vai ter pesadelos com Manuel Neuer –, poderia ter custado caro à equipa agora treinada por Mauricio Pochettino. Valeu Keylor Navas, mais uma vez decisivo na baliza francesa.

O PSG fica, agora, à espera de saber o que acontece no Borussia Dortmund-Manchester City, marcado para esta quarta-feira (20h).

Neymar, Mbappé, Navas e Neuer em destaque

PSG e Bayern proporcionaram em Paris uma das melhores primeiras partes da época. O PSG foi globalmente dominador durante cerca de 40 minutos e ficou bem clara a matriz da equipa.

Num 4x4x2 com quatro jogadores vincadamente ofensivos (Di Maria, Draxler, Neymar e Mbappé), a despesa defensiva ficou para Gana e Paredes, que faziam o seu trabalho e dos colegas. Mas este sistema, ainda que deixe a equipa partida, coloca-a com muita capacidade de se colocar em situações de golo. Quando se tem Neymar e Mbappé mais ainda.

Aos 3’, o brasileiro soltou o francês em profundidade, para um remate ao lado. Aos 9’, começou o duelo de Neymar com Neuer. Assistido por Mbappé, rematou para defesa do guardião do Bayern, algo que se repetiu aos 28’ e aos 34’: sempre com passe de Mbappé, sempre com defesa de Neuer.

Pelo meio, o brasileiro fez, também, jogadas por contra própria. “Destruiu” Hernández, primeiro, e Coman, depois: numa deu defesa de Neuer, noutra deu remate à trave. E o brasileiro ainda atirou ao poste aos 39’.

O jogo era de Neymar e a eliminatória poderia já estar decidida, mas, numa equipa tão desequilibrada, o risco de sofrer está sempre presente – Gana e Paredes não chegam para todas as “encomendas”.

O Bayern, que já tinha tido dois remates perigosos de fora da área, cresceu no final da primeira parte e somou três lances de golo: Navas salvou os remates de Alaba e Sané, mas pouco pôde fazer aos 40’. Alaba rematou e Navas ainda defendeu, mas Choupo-Moting marcou na recarga, de cabeça.

O PSG, tal como na primeira mão, voltou a sofrer por alguma passividade e descoordenação na linha defensiva – jogou o português Danilo, adaptado, numa defesa refém do capitão Marquinhos.

A segunda parte não mudou na magia – Neymar e Di Maria deram espectáculo –, mas mudou nas oportunidades de golo. Com o 1-0, o Bayern não precisou de uma postura suicida e foi mais consciente a atacar, enquanto o PSG, mais desconfortável com o estado de coisas, também teve de se precaver mais.

Alaba criou perigo aos 47’, Di Maria e Neymar assustaram aos 54’, Müller fê-lo aos 63’, Sané aos 83’ e Neymar aos 90+1’, mas, em geral, foi uma segunda parte menos emocionante em matéria de oportunidades de golo.

Ao Bayern, dizimado por lesões, faltou alguma profundidade de banco para poder atacar o jogo nos minutos finais.

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