Covid-19: OMS alerta para crescimento exponencial da pandemia

O director-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, salientou que a semana passada foi a quarta que registou o maior número de infecções com o coronavírus SARS-CoV-2.

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Sede da OMS em Genebra Reuters/Denis Balibouse

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou esta segunda-feira para o aumento do número de casos de covid-19 em sete semanas consecutivas e do número de mortes em quatro semanas, sublinhando que a pandemia “está a crescer exponencialmente”.

O alerta foi deixado pelo director-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e pela líder técnica de resposta à covid-19, Maria Van Kerkhove, na videoconferência de imprensa regular sobre a evolução da pandemia, transmitida da sede da OMS, em Genebra, na Suíça.

Tedros Adhanom Ghebreyesus salientou que a semana passada foi a quarta que registou o maior número de infecções pelo coronavírus SARS-CoV-2, em consequência do “grande aumento do número de casos” detectados em diversos países da Ásia e do Médio Oriente.

A líder técnica de resposta à covid-19 na OMS, Maria Van Kerkhove, advertiu que “a trajectória da pandemia está a crescer exponencialmente”, realçando que na semana passada houve um aumento de 90 por cento da transmissão de infecções.

Segundo a epidemiologista norte-americana, as medidas de contenção da pandemia “não são aplicadas consistentemente” pelos países.

O director-geral da OMS avisou que a pandemia da covid-19 “está longe de terminar”, mas pode ser controlada “numa questão de meses” com uma “vacinação equitativa” e com um “esforço concertado” de medidas de contenção, que incluem distanciamento físico, uso de máscaras, ventilação de espaços, testagem, rastreio, isolamento e higienização das mãos.

“Depende das decisões e acções dos governos e das pessoas, todos os dias. A escolha é nossa”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendendo “uma abordagem coerente, articulada e abrangente” das medidas de saúde pública.

De acordo com o dirigente da OMS, “a confusão, a complacência, a falta de coerência nas medidas de saúde pública e da sua aplicação” estão “a aumentar a transmissão” de infecções e a “ceifar vidas”.

“As vacinas são uma ferramenta vital e poderosa, mas não são a única ferramenta” contra a covid-19, apontou, realçando que “pessoas saudáveis já morreram” com a doença e “as que sobreviveram” persistem, nalguns casos, com sintomas como fadiga, tonturas, insónia, dores musculares, ansiedade ou depressão.

A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 2.937.355 mortos no mundo, resultantes de mais de 135,9 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.918 pessoas dos 827.765 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detectado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.

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