Roma e Bilbau complicam plano da UEFA para o Euro 2020

Já há “fumo branco” sobre Londres, Baku, São Petersburgo, Amesterdão, Budapeste, Glasgow, Copenhaga e Bucareste, que avançam poder preencher entre 25% (caso de Londres) e 100% (caso de Budapeste) dos estádios.

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O Euro 2020 deverá ser disputado um ano depois devido à covid-19 LUSA/ANATOLY MALTSEV

Oito das 12 cidades-sede do Euro 2020 já avançaram à UEFA quantos espectadores vão poder receber nos jogos da competição, mas ainda há quatro em “banho-maria” – o prazo termina a 19 de Abril.

Já há “fumo branco” sobre Londres, Baku, São Petersburgo, Amesterdão, Budapeste, Glasgow, Copenhaga e Bucareste, que variam a capacidade entre os 25% (caso de Londres) e os 100% (caso de Budapeste), mas existe indefinição com Munique, Bilbau, Roma e Dublin. Duas delas, Roma e Bilbau, estão mesmo a dar uma dor de cabeça ao organismo que rege o futebol europeu.

O principal assessor científico do governo italiano considera ser curto o prazo dado a Roma para definir o número de adeptos que podem assistir aos jogos. A pandemia de covid-19 é, argumenta, ainda muito incerta.

“Seria desejável que a UEFA desse um pouco mais de tempo. É difícil fazer uma previsão para um evento que acontecerá dentro de dois meses”, disse à RAI Franco Locatelli, conselheiro científico do governo italiano.

O responsável considera ser prematuro fazer avaliações quanto a uma percentagem de espectadores e protocolos, adiantando que seria mais viável se fosse possível esperar até Maio, para se ter uma previsão mais adequada “à evolução epidemiológica”.

Ainda de acordo com Locatelli, “serão feitos todos os esforços” para manter Roma com o jogo de abertura da competição, entre Turquia e Itália, a 11 de Junho, bem como outras três partidas: duas da fase de grupos e uma dos quartos-de-final.

Bilbau também tem dúvidas

Já o governo basco assumiu que não irá atenuar as condições definidas de combate à pandemia de covid-19 para que o estádio San Mamés, em Bilbau, possa ter público nos quatros jogos do Europeu.

“Não se diminuem os critérios definidos”, disse em entrevista à rádio Euskadi o presidente do governo basco, Iñigo Urkullu, explicando que ter o Europeu foi um desejo seu, mas que seguirá os conselhos das autoridades de saúde.

Os critérios exigem que 60% da população do País Basco e do resto de Espanha esteja vacinada até 14 de Junho ou números em que as camas de hospital ocupadas por covid-19 à data dos jogos não ultrapassem uma taxa de 2%.

Ainda segundo Urkullu, a Federação Espanhola de Futebol entende que são critérios impossíveis de cumprir, e, por isso, a situação levará “à ausência de público” nos jogos em San Mamés: três na fase de grupos e um nos oitavos-de-final.

Este cenário, a manter-se até dia 19, levará a UEFA a decidir se permite que Bilbau continue como uma das 12 cidades-sede da competição.

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