Sporting, um líder a perder fôlego

“Leões” voltaram a empatar, desta vez com o Famalicão, e têm agora o FC Porto a seis pontos de distância na classificação.

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LUSA/ANTONIO COTRIM

O Sporting tem um problema com o Famalicão. Na época passada, em que os minhotos voltaram a ser uma equipa de primeira, os “leões” perderam os dois jogos e, nesta temporada, já tinham empatado no Minho num jogo com final polémico. E o mesmo voltou a acontecer neste domingo, em Alvalade, no encerramento da 26.ª jornada da Liga, em que o Sporting cedeu o segundo empate consecutivo (e sexto da época), um 1-1 que deixou a diferença para o FC Porto reduzida a seis pontos e para o Benfica a nove.

Pressionado pelas vitórias dos rivais, o Sporting voltava a enfrentar um adversário que lhe estava atravessado pelo historial recente. Em relação ao empate em Moreira de Cónegos, Amorim voltou a mexer, com a reintrodução de Luís Neto e Tiago Tomás nos lugares de Gonçalo Inácio (lesionado) e Daniel Bragança. Do lado do Famalicão, Ivo Vieira apostava na qualidade do meio-campo e no rigor defensivo para poder dar oportunidades ao seu ponta-de-lança, Anderson Oliveira.

Os primeiros minutos mostraram um Sporting com vontade de se chegar à frente, mas sem o conseguir. E um Famalicão eficaz a controlar os espaços. Não tinha acontecido ainda muita coisa no jogo quando o marcador funcionou pela primeira vez, aos 25’. Pedro Gonçalves ganhou a bola a Ivan Jaime perto da área do Famalicão, Paulinho estava por perto, devolveu-a a Pote, que fez o 16.º golo do campeonato, igualando Seferovic na lista dos melhores marcadores.

Os “leões” nem tiveram tempo para saborear a vantagem. Dois minutos depois, o Famalicão conseguia empatar, com um golo de Anderson Oliveira, o goleador brasileiro que se tem exibido a grande altura nas últimas jornadas. Rúben Vinagre, o tal lateral-esquerdo que estará na lista dos “grandes” de Lisboa, conseguiu o desequilíbrio no flanco, soltou para Ivan Jaime e o espanhol deixou o resto para o avançado do Famalicão, que marcou o sexto golo na época.

Amorim esperou pelo intervalo antes de mexer na equipa. Tirou um dos seus pilares do meio-campo, João Palhinha (que vira amarelo), e um dos centrais, Feddal, e promoveu a entrada de Bragança e Matheus Reis. Jogadores diferentes para dinâmicas diferentes e o Sporting pareceu um pouco diferente, para melhor. 

Aos 57’, esteve muito perto de recuperar a vantagem no encontro. Coates, que tinha ficado no ataque após um canto, recuperou a bola numa disputa com Gustavo Assunção e deixou-a para Tiago Tomás, mas o jovem avançado, apertado por Patrick William, atirou por cima. Logo a seguir, foi o Famalicão a ter uma boa hipótese de desfazer o empate, com Ivan Jaime, lançado na área do Sporting, a rematar, mas a acertar na cabeça de Adán.

O treinador do Sporting não queria mais um empate e foi lançando corpos frescos para o ataque. Jovane Cabral e Nuno Santos foram a jogo, tal como Eduardo Quaresma, e o Sporting passou a ser uma equipa de tracção à frente, abdicando do controlo do meio-campo. Ainda houve uma bola de golo em cima dos 90’, um desvio de Coates para Jovane, que, perante o guarda-redes Júnior, atirou ao lado. 

Se tivesse entrado, era a “estrelinha” a brilhar mais uma vez. Não entrou e o Sporting vai perdendo fôlego na luta pelo título. E com oito jornadas por disputar, tudo pode acontecer.

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