A velha guarda do Real Madrid saiu por cima no “clássico”

“Merengues” triunfam sobre o Barcelona por 2-1 e juntam-se ao Atlético Madrid no topo da liga espanhola.

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Benzema marcou o primeiro golo do Real Madrid Reuters/SERGIO PEREZ

Esta versão do Real Madrid foi feita para durar. Há quase uma década que ouvimos os mesmos nomes a jogar com a camisola dos “merengues”, Benzema, Modric, Kroos, Casemiro, Sérgio Ramos, Marcelo. E isso só pode ser um testemunho da enorme qualidade de uma equipa que já ganhou muita coisa junta. E neste sábado foi esta “velha guarda” que saiu por cima no “clássico” com o Barcelona que podia (ou não) ser o último de Messi. Numa noite de tempestade no Alfredo di Stéfano, em Valdebebas, Benzema e Kroos fizeram a diferença no triunfo por 2-1 que deixou a equipa de Zidane a par do Atlético Madrid e atirou o Barça para o terceiro lugar.

A possibilidade de este ser o último “clássico” de Messi (cujo contrato com o Barcelona termina no final da época) era uma das narrativas deste “clássico” realizado no centro de treino do Real, sem público, e com muita chuva. A ausência de Sérgio Ramos e Varane e a forma como isso fragilizaria a defesa do Real era outra. Qual seria a resposta dos jovens que Koeman iria lançar. Ou como é que este “clássico” iria influenciar a luta pelo título espanhol, em que o Atlético ainda se vai mantendo na frente apesar da baixa de forma nos últimos meses.

A narrativa dominante acabou por ser uma. Como tem acontecido ao longo da última década, a velha guarda resolveu. Logo aos 14’, Valverde rompeu pelo campo, fez o passe para Lucas Vasquez na direita e este fez o cruzamento rasteiro para a área. Benzema antecipou-se à marcação e, com um toque de calcanhar, fez o 1-0.

Mais posse de bola, mais passes completos. Nada disto valia ao Barcelona. Contava a eficácia absoluta dos homens de Zidane que voltou a ficar demonstrada aos 28’. Noutros tempos, um livre directo à entrada da área seria de Cristiano Ronaldo, mas foi Toni Kroos a avançar. O alemão bateu, a bola desviou em Sergiño Dest e entrou, naquele que foi o primeiro golo do médio germânico de livre directo desde que chegou ao Real Madrid em 2014.

Até então quase ausente deste “clássico” da sua possível despedida, Messi teve um momento de magia que quase deu golo. No tempo de compensação, na marcação de um canto, a bola saiu do pé esquerdo do 10 argentino e só parou no segundo poste da baliza de Courtois.

Koeman tinha de fazer alguma coisa e, para a segunda parte, abdicou de um defesa para meter Griezmann e a estratégia deu resultados aos 60’. O francês esteve na jogada que daria o 2-1, da autoria de Mingueza. Ainda entraram para o ataque Braithwaite, Sergi Roberto e o jovem português Francisco Trincão, e o Real Madrid ficou a jogar com dez (expulsão de Casemiro aos 90’), mas nada alterou o rumo deste “clássico”. Nem a ida de Ter Stegen à área do Real para tentar um golo no último minuto, mas o remate do guarda-rede alemão bateu nas costas de Trincão e nem chegou à baliza.

Com o triunfo, o Real chegou aos 66 pontos, os mesmo que o Atlético, que defronta neste domingo o Bétis de Sevilha no Benito Villamarín. Já o Barcelona, caiu para terceiro, mas ainda está na luta, apenas um ponto atrás dos dois rivais da capital (65).

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