FC Porto aproveitou ida a Tondela para ultimar verdadeira Champions

Toni Martínez voltou a marcar e Taremi entrou no final para evitar surpresas, deixando os “dragões” a cinco pontos do Sporting, aumentando a pressão sobre o líder.

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Salvador Agra e Matheus Uribe disputam mais um lance no jogo de Tondela LUSA/PAULO NOVAIS

O FC Porto venceu sem problemas de maior na previsivelmente complicada deslocação a Tondela (0-2), que Sérgio Conceição classificara de final e equiparara em importância à verdadeira Champions. Um resultado que permite aos “dragões” encurtarem provisoriamente para cinco pontos a diferença face ao líder da Liga.

O FC Porto aceitou sem reservas a proposta de jogo conservadora de um adversário que esteve sempre longe de representar uma ameaça ou de forçar os “dragões” a mostrarem os verdadeiros efeitos do desgaste competitivo, físico e psicológico. E aproveitou a ocasião para superar novo teste no sprint final da corrida pelo título e para reduzir, temporariamente, a diferença para o Sporting, que assim jogará mais pressionado na recepção ao Famalicão.

A meio de uma eliminatória na Champions em que o FC Porto não se dá por vencido, apesar da vantagem do Chelsea, Sérgio Conceição avaliou o desgaste de elementos nucleares - como Mbemba, Marega e Sérgio Oliveira -, pesou as condições do terreno, antecipou o bloco compacto do Tondela e optou por uma mudança no eixo da defesa e outra no ataque, onde surgiu a dupla formada por Evanilson e Toni Martínez, poupando ainda Luis Díaz. 

Numa posição de relativo desafogo, o Tondela adoptou uma estratégia de grande expectativa, à boleia de um relvado pesado, com alguns lençóis de água que dificultavam a rápida circulação da bola.

O FC Porto instalava-se sem cerimónia em busca da nesga de terreno que lhe permitisse chegar ao golo, o que esteve perto de conseguir no primeiro remate, de Evanilson, cinco minutos antes de Pepe descobrir Toni Martínez e de o avançado espanhol marcar o terceiro golo da época.

Em menos de 20 minutos, o FC Porto conseguia a vantagem que lhe permitia gerir a ansiedade e a intensidade de jogo e obrigava o Tondela a insinuar-se no ataque e a abrir os espaços de que os “dragões” necessitavam para resolver o encontro.

Essa mudança inevitável de atitude permitiu uma maior aproximação dos locais à baliza de Marchesín, que teve uma boa intervenção a remate forte de Jaume, mas também uma série de acções portistas na área contrária, ainda que sem a correspondente finalização.

Com o Tondela a não conseguir desestabilizar os “dragões”, que por sua vez também não revelavam capacidade para chegar ao golo que confirmasse a superioridade e protegesse a equipa de uma surpresa desagradável, os treinadores operaram as substituições que se impunham. Ayestarán em busca do empate, a arriscar tudo, e Conceição à procura do equilíbrio e, mais uma vez, a pensar no Chelsea, poupando Uribe e dando minutos Luis Díaz, Sérgio Oliveira e Taremi. 

O iraniano acabaria mesmo por ser o elemento decisivo ao marcar o segundo golo do FC Porto a sete minutos dos 90 regulamentares, fechando um encontro em que o Tondela não chegou a colocar verdadeiros calafrios aos campeões nacionais.

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