Paços oferece, Benfica aproveita para chegar à sexta vitória seguida

Dois erros dos pacenses, que jogaram com dez desde os 22’, abriram caminho à goleada dos “encarnados”, impulsionados por uma grande noite de Seferovic.

Foto
LUSA/JOSE COELHO

O Benfica engatou a “sexta velocidade” na I Liga, chegando à meia-dúzia de vitórias consecutivas - e sempre sem sofrer golos. Os “encarnados” venceram em Paços de Ferreira, por 0-5, numa partida em que receberam com agrado aquilo que os pacenses quiseram oferecer. Para bem da equipa de Jorge Jesus, fizeram-no várias vezes: falta grosseira de Eustáquio aos 22’ (que deu expulsão), erro de Luiz Carlos aos 38’ (que deu golo) e erro colectivo aos 45’ (que gerou novo golo).

Jogo resolvido ao intervalo, numa partida que se tornou fácil para o Benfica. Com este triunfo, a formação lisboeta não deixa escapar o FC Porto na luta pelo segundo lugar, mantendo os três pontos que já separavam as duas equipas.

Apesar de vir de cinco triunfos consecutivos no campeonato, quatro deles com defesa a quatro, o Benfica apareceu com mudança no sistema de jogo, voltando aos três centrais. A decisão acaba por ser um atestado de competência ao Paços, já que, geralmente, Jesus aposta neste sistema frente a adversários que teoricamente equilibram o jogo (FC Porto, Sporting, Arsenal ou Sp. Braga). 

Nos primeiros 20 minutos, o Paços estava a fazer uma pressão altíssima e a condicionar a construção do Benfica, mas Eustáquio “expulsou-se” aos 22’, com uma falta grosseira sobre Weigl. Com ajuda do VAR, o árbitro Hugo Miguel mostrou ao médio o cartão vermelho.

A partir da expulsão, o Paços baixou as linhas e o Benfica começou a jogar em ataque posicional. Aqui, os três centrais começaram a parecer redundantes, com a equipa a manter “tracção atrás” sem que se justificasse. No meio desta indefinição táctica, o Benfica até teve duas boas oportunidades - Waldschmidt, aos 25’, e Rafa, aos 28’ -, mas pouco mais.

Até que, aos 38’, o Paços voltou a “oferecer” benefício directo ao Benfica. Desta vez não com uma expulsão, mas com um passe errado de Luiz Carlos que deixou Diogo Gonçalves com possibilidade de fazer um remate cruzado - fê-lo e marcou o 1-0. O “velhote”, como Pepa carinhosamente chama a Luiz Carlos, cometeu um erro pouco habitual num jogador tão experiente.

Seferovic ainda ofereceu um golo a Waldschmidt, que, de baliza aberta, acertou em Jordi e, nesta fase, havia “vendaval” do Benfica, com o Paços desnorteado. Tão desnorteado que, a jogar com dez, conseguiu ser apanhado sem um único defesa no seu próprio meio-campo. Aos 45’, três jogadores saíram na pressão a Seferovic e o suíço soltou Rafa. O português, isolado, correu meio-campo, passou por Jordi e fez o que Waldschmidt não tinha feito minutos antes: marcou de baliza aberta.

Ainda antes do intervalo, Taarabt, de frente para o jogo, fez um grande passe a isolar Seferovic e o suíço assinou uma finalização de classe, picando a bola por cima de Jordi.

Com o Benfica em superioridade numérica e a vencer por 0-3, esperava-se uma segunda parte “para cumprir calendário”. E assim foi. Sem necessidade de fazerem mais, os “encarnados” controlaram a partida com bola.

A goleada poderia ter chegado aos 62’, numa jogada de Pizzi, aos 65’, num remate de Everton, aos 67’, num livre de Grimaldo, e aos 77’, numa oportunidade perdida por Seferovic. Chegou apenas aos 79’, quando o suíço recebeu de costas para a baliza, rodou e rematou forte. Grande golo, o 16.º na I Liga, que coloca o suíço no topo da lista de marcadores. 

A “mão-cheia” chegou já aos 90’, quando Seferovic, sempre ele, ofereceu o golo a Darwin. O uruguaio, com dificuldades para se afirmar no clube, emocionou-se no festejo.

Sugerir correcção
Ler 7 comentários