Cientistas vigiam teste de mineração no oceano Pacífico em tempo real

Nas próximas semanas, o robô Patania II vai apanhar nódulos de metais a quatro mil metros de profundidade. Cientistas portugueses integram um consórcio internacional que seguirá de perto os trabalhos desse robô, para um olhar independente sobre os impactos ambientais de minas no alto-mar.

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Nódulos polimetálicos na Zona de Fractura de Clarion-Clipperton, no Pacífico Nódulos na Zona de Fractura de Clarion-Clipperton, Pacífico; Foto: ROV KIEL6000/Geomar

A ideia de instalar minas no fundo do mar vem desde os anos 60 e se durante décadas parecia mais ficção científica do que realidade, nos últimos anos essas pretensões avançaram a passos largos, com uma panóplia de países e empresas a posicionarem-se nesta nova corrida aos recursos do oceano. Uma grande incógnita, porém, diz respeito aos impactos ambientais da mineração no mar profundo. São esses impactos que um consórcio de cientistas independentes procura determinar e, para tal, partirão nos próximos dias numa expedição à Zona de Fractura de Clarion-Clipperton (no Pacífico), onde vão acompanhar durante seis semanas os testes a um robô colector de nódulos polimetálicos a milhares de metros de profundidade. Também a Greenpeace vigia este projecto, mas com protestos e exigindo o seu fim.

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