Catarina Martins pede coragem para ultrapassar as patentes e produzir vacinas

Líder do BE visitou o Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Lisboa.

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LUSA/RODRIGO ANTUNES

A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu nesta quinta-feira que Portugal deve ser “uma voz na Europa” para que “haja coragem” de ultrapassar as patentes e produzir as vacinas contra a covid-19, que considera serem um “bem comum”.

Catarina Martins visitou hoje o Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Lisboa, e no final foi questionada pelos jornalistas sobre a vacinação contra a covid-19 em Portugal e ainda, mais concretamente, sobre o uso da vacina da AstraZeneca.

A líder do BE afirmou que, “sem prejuízo de uma aposta estratégica na produção de vacinas em Portugal”, neste momento o país deve “já estar a negociar mais vacinas, todas as vacinas disponíveis”.

“E sermos claramente uma voz na Europa que acompanhe, aliás, o manifesto que hoje foi publicado em Portugal para que haja a coragem de ultrapassar as patentes e de produzir as vacinas porque a vacina é um bem comum, não pode estar refém dos lucros das farmacêuticas. temos de garantir a universalização da vacina contra a covid, que é a única forma de ultrapassarmos a pandemia”, defendeu.

A propósito da vacina da AstraZeneca, o pedido de Catarina Martins é que “se confie na ciência, se ouçam as entidades responsáveis e que não seja criado alarmismo onde ele não deve existir”.

Dezenas de personalidades da sociedade portuguesa lançam hoje um apelo público para que as vacinas contra a covid-19 sejam consideradas um bem de interesse comum e para que a Europa não submeta este processo às leis de mercado.

No manifesto a que a Lusa teve acesso - que conta com o antigo presidente do Infarmed, José Aranda da Silva, como principal impulsionador e subscritores tão diversos como as ex-candidatas à Presidência da República Ana Gomes e Marisa Matias, o antigo director-geral da Saúde, Constantino Sakellarides, ou o bispo Januário Torgal Ferreira -, alerta-se para a necessidade urgente de aumentar a velocidade do processo de vacinação a nível europeu.

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