Uma mulher sem tempo a perder
Pela primeira vez na sua história, e poucos meses depois da Presidência Trump, os EUA declaram-se favoráveis a acabar com o regabofe global que é o planeamento fiscal agressivo por parte das multinacionais.
É possível que o discurso mais importante do ano já tenha sido feito na passada segunda-feira, sem darmos por isso. E é possível que não seja só o discurso mais importante do ano, mas da década, pelo menos em termos económicos, a ombrear com o “faremos tudo o que for necessário” de Mario Draghi que foi decisivo para acabar com a crise da zona euro. Tal como dessa vez, o que foi dito está perdido no meio de um discurso tecnocrático proferido por uma personalidade discreta, mas tem uma importância decisiva para todos nós — os que lutam para sobreviver no meio da crise pandémica, económica e social; os que se preocupam com haver recursos suficientes para uma recuperação inclusiva; e as próximas gerações que temem pelo futuro do planeta em face da ameaça das alterações climáticas. Deste discurso depende termos, também aqui em Portugal, o dinheiro que faz falta aos nossos hospitais, às nossas escolas, aos nossos parques e bibliotecas.
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