Sérgio Conceição acredita na força do “dragão”, mas preferia que o Chelsea não tivesse perdido

Treinador do FC Porto avança para a primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, em Sevilha, sem Sérgio Oliveira e Taremi, mas com ambição.

Foto
LUSA/ESTELA SILVA

Sérgio Conceição lançou esta terça-feira, depois do último treino no Olival e antes da viagem para Sevilha, o embate de quarta-feira (20h), dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, frente ao Chelsea, numa conferência marcada pelas comparações entre a Juventus e o adversário inglês.

O treinador do FC Porto garante ambição e capacidade para superar a equipa orientada pelo técnico alemão Thomas Tuchel, lembrando não haver impossíveis, enquanto relativiza o facto de a partida não poder ser realizada no Dragão, uma casa que aguarda o regresso da “família”. Os adeptos, porém, compareceram no centro de treinos para apoiar a equipa. Mas os foguetes lançados durante a intervenção de Sérgio Conceição serviram apenas para o técnico reforçar que ainda não nada foi ganho.

Sem o médio e melhor marcador da equipa, Sérgio Oliveira, nem o avançado Taremi, baixas disciplinares do jogo de Turim, o FC Porto tentará não modificar a estratégia. Da mesma forma, a primeira derrota do Chelsea sob o comando de Tuchel e os conflitos de balneário não alteram a disposição do técnico português, que preferia ter visto os londrinos vencerem frente ao West Bromwich Albion.  

“O Chelsea é um adversário diferente da Juventus em muitas coisas: na dinâmica, nos processos ofensivo e defensivo e nos esquemas tácticos”, assumiu Sérgio Conceição, sem querer comparar “a valia de duas das melhores equipas do mundo, habituadas a jogar ao mais alto nível”. “Mas a equipa está pronta, fazemos parte de um clube histórico, capaz de se bater com espírito e qualidade”, acrescenta, sem pensar no abismo orçamental que separa os “azuis e brancos” do adversário, com um plantel avaliado em cerca de 700 milhões de euros.

As ausências de Sérgio Oliveira e Taremi são incontornáveis e os jogadores nem sequer viajarão com a equipa, ao contrário de Marcano, que não está inscrito. Decisão assumida em defesa do repouso e da recuperação que a dupla exige nesta fase, garante o técnico portista.

“Gostaria de ter toda a gente disponível”, assume, ainda assim, concordando que há coisas que podem mudar em função destas ausências, mesmo que “a estratégia fosse exactamente igual com ou sem os dois”.

A palavra acreditar foi repetidamente lançada para a mesa, com o técnico a responder de forma pragmática, não indo para já além do objectivo imediato de chegar às meias-finais.

“É um termo que faz parte desta casa. Todos sabem quem somos, um clube histórico. E quem não acreditar que pode vencer o próximo jogo, não pode vestir esta camisola. Essa crença e ambição estão patentes no dia-a-dia. Mas o mais importante é pensar no futuro próximo, que é o Chelsea”, disse, sem revelar se acredita na conquista da Liga dos Campeões, como já afirmou Pinto da Costa.

“Na vida não há impossíveis. Olhamos para o Chelsea e vemos que os testes semanais na Liga inglesa são incríveis, de grau de dificuldade enormíssimo”, destaca como mais uma vantagem para os milionários de Stamford Bridge. 

“Quando se perde um jogo...” - marcado pela expulsão de Thiago Silva (29') - “...assim, é diferente. Até então, o Chelsea tinha sido extremamente competente, consistente e forte. Esta derrota veio servir de alerta. Aliás, preferia que tivessem ganho o último encontro. Assim, fez tocar a sirene e despertar a equipa para o perigo. Não gosto muito destas derrotas”, defendeu Sérgio Conceição, que nem sequer incluiu o vídeo da derrota (2-5) dos “blues" na análise apresentada ao plantel.

Sugerir correcção
Comentar