Covid-19. Autoridades venezuelanas dizem que país “chegou ao pico” da pandemia

Aumento de infecções e óbitos dos últimos dias “tem que ver com a presença” da mutação do vírus detectada no Brasil, indicaram as autoridades venezuelanas.

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Vacinação contra a covid-19 num hospital público de Caracas, Venezuela LUSA/MIGUEL GUTIERREZ

As autoridades venezuelanas afirmaram este sábado que o país, que atravessa uma nova vaga de covid-19 com a chegada da variante brasileira do vírus, “chegou ao pico” da pandemia, após novos máximos de infecções e mortes.

Em declarações no sábado ao canal estatal de televisão, o vice-presidente e ministro da Comunicação da Venezuela, Freddy Ñáñez, afirmou ainda que o aumento de infecções e óbitos dos últimos dias “tem que ver com a presença” da mutação do vírus detectada no Brasil.

Nas últimas 24 horas, a Venezuela registou 1607 casos de covid-19 e 18 mortes, novos máximos no país.

O número de óbitos das últimas 24 horas supera o do dia anterior, quando se registaram 14 mortes, então o valor diário mais alto desde o início da pandemia, com o número de infecções a ser igualmente o mais elevado de sempre.

A cidade de Caracas foi a mais afectada nas últimas 24 horas, com 214 novos casos, seguindo-se o estado de Bolívar, que faz fronteira com o Brasil (166), e o estado de Miranda, vizinho da capital, que registou 160 contágios.

O país está actualmente a viver duas semanas de “quarentena radical” para tentar travar a propagação da variante do novo coronavírus detectada no Brasil, tal como decretou o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em 22 de Março.

Desde o início da pandemia, a Venezuela registou 1647 mortes e 164.337 casos confirmados.

A 2 de Março de 2021, o país recebeu meio milhão de doses de vacinas da farmacêutica estatal chinesa Sinopharm, depois de ter recebido, em Fevereiro, as primeiras 100 mil doses da vacina russa. Na segunda-feira chegaram mais 50 mil doses da vacina russa Sputnik V.

De acordo com a Academia de Medicina da Venezuela, o país precisa de 30 milhões de vacinas para 15 milhões de pessoas, 3,5 milhões das quais pessoal prioritário.

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