Rodrigo perdeu o pinhal onde brincava, em Aldoar, e quer alertar para o valor dos “pequenos pulmões” da cidade

Aos dez anos, este portuense transformou a mágoa de ver desaparecer parte do seu “refúgio” numa lição de cidadania. Depois de escrever mensagens nos troncos cortados, quer pôr todos a pensar na preservação das pequenas manchas de vegetação. Câmara do Porto não autorizou o abate referido e está a averiguar as circunstâncias em que ocorreu.

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Rodrigo e os pais, José e Ana, viam neste espaço um "refúgio verde" Paulo Pimenta

Rodrigo tem dez anos e não precisa de muito para ser feliz. Dêem-lhe um pedaço de terra onde correr de mãos dadas com a curiosidade e imaginação e logo se entreterá a forjar uma espada de brincar com um pau, a espiar os carreiros de formigas em mais um dia de labor ou a descobrir cogumelos de diversas formas e feitios. No último ano, um modesto pinhal ao pé de sua casa, em Aldoar, tornou-se no seu pátio de brincadeira diário. Foi com espanto que, na semana passada, se deparou com os troncos cortados de boa parte dos pinheiros que ali estavam, aparentemente para abertura de um acesso à nova Universidade Lusíada. “Fiquei triste, porque era um sítio onde eu gostava de estar, e era muito bonito”, recorda, timidamente, ao PÚBLICO.

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