Cartas ao director

Inscrição para a vacinação

Ao assistirmos a mais um telejornal, precisamente na véspera de 1 de Abril, dia de todos os enganos, fomos informados que, a partir de 11/4, vai haver uma lista para nos inscrevermos para sermos vacinados. Afinal, que rebaldaria com a vacinação é esta, que está a ser muito pior do que supunhamos? É que, diariamente, fomos bombardeados de que os centros de saúde é que intimavam os seus utentes, marcando o dia e a hora da toma da vacina, e agora, cada um de nós é que tem de se inscrever? Mas que task force é esta que põe o comando nas decisões de cada utente?

José Amaral, Vila Nova de Gaia

A regra-travão e o Presidente da República 

De quando em vez é necessário olhar o país de forma imparcial, e a mais longo prazo que o OE2021. Além disso, pensar-se nos dois próximos anos, que vão ser terríveis em todos os aspectos pelos efeitos de 2020 e 2021 com pandemia, em empregos e empresas perdidas. O Governo é minoritário, o PS ficou sozinho na “lei-travão”. Se o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não tivesse e muito justificadamente, neste caso, estado em sintonia com a maioria parlamentar de esquerda, centro e direita, não haveria amanhã e depois, hipótese de aprovar OE 2022, nem 2023. Logo, abertura, de uma crise política a acrescer à social e económica. Crise política, sem fim à vista. Teríamos um país totalmente parado. Mais e mais problemas.

Augusto Küttner de Magalhães, Porto

A tiara de D. Maria II

Espero que o Estado português seja o primeiro a cortar a meta na corrida para comprar a tiara de diamantes e safira que pertenceu a D. Maria II, “a Boa Mãe”, outrora rainha de Portugal e dos Algarves. A jóia vai a leilão, organizado pela conceituada Christie's no dia 12 de Maio. A Direcção-Geral do Património Cultura evocaria os 200 anos da Revolução Liberal de 1820 de forma exemplar adquirindo a histórica jóia. Se a DGPC não tem capacidade orçamental, o Estado que transfira a verba necessária. Afinal, para o Novo Banco e para a TAP não falta dinheiro. A tiara de D. Maria II é nossa.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

A Cultura em colapso

A Cultura em Portugal está em colapso e os museus a morrerem. É desumana a situação de indigência que os agentes da Cultura, de algum tempo a esta parte, estão a sofrer. Muitos, muitos já passam fome há tempo demais. Para quando é que os apoios efectivos chegam a estes compatriotas? Já ontem era tarde. 

Os museus são a nossa memória e preservam o que de melhor se fez e aconteceu no nosso país. A covid-19 não pode ser a explicação para esta falta de verbas,  que nestes sectores há muito que faltam, deixando-os à mingua. O Estado não está falido, pois enche os bancos com milhares de milhões de euros e são os privados que ficam com os lucros. Urge desbloquear as verbas. Em primeiro lugar, para as pessoas em privação. Sem Cultura e, neste caso, sem museus vivem os bichos!

Vítor Colaço Santos, São João das Lampas

Vou contar-vos uma história

Li o artigo do passado sábado de João Miguel Tavares neste jornal - “Portugal tem os ricos mais pobres da Europa"​. É do melhor que já lhe li e que subscrevo na íntegra pelo conhecimento que tenho do assunto. A propósito dos nossos “empresários” e da sua pobreza ética. A história: Recebi, no âmbito da minha passada profissão de analista de crédito um “empresário” que vinha apresentar-me um projecto de investimento. Pedi-lhe que começasse pelas fontes de financiamento. Afirmou que tinha, em dinheiro, cerca de um terço do capital necessário. Sugeri então que, se o projecto fosse meritório, abrisse uma conta onde depositaria esse capital, a ser utilizado em paridade com o eventual crédito a conceder. Que não, que afinal o dinheiro era de um familiar que lho ia emprestar mas que só o faria quando visse o projecto a andar. Afinal era tudo a crédito, dele só a brilhante ideia. Ficámos por ali, nunca cheguei a saber se era para uma vacaria ou para componentes da indústria aeroespacial. Continue a surpreender-me João Miguel Tavares.

José Pombal, Vila Nova de Gaia

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