Iglesias denuncia ataque “da extrema-direita” a sede do Podemos em Cartagena

Imagens de vídeo mostram arremesso de material explosivo contra instalações partidárias na cidade da província de Murcia. Ex-vice-presidente do Governo garante que o “terrorismo de rua” não intimida o partido.

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Pablo Iglesias, líder do Podemos e ex-vice-presidente do Governo de Espanha JAVIER BARBANCHO/Reuters

O líder do Podemos e candidato do partido de esquerda radical às próximas eleições da Comunidade de Madrid, Pablo Iglesias, denunciou esta sexta-feira um ataque “da extrema-direita” à sede do partido em Cartagena, na província espanhola de Murcia.

“Neste vídeo podem ver um ataque da extrema-direita, com material explosivo, a uma sede do Podemos”, escreveu Iglesias numa publicação no Twitter, que inclui imagens de vídeo das câmaras de segurança da sede, que captaram o arremesso do material explosivo e o consequente incêndio das instalações.

O antigo vice-presidente do Governo de Espanha garantiu, no entanto, que o Podemos não se vai deixar intimidar por este ataque.

“O terrorismo de rua dos ultras não nos vai intimidar. Contra os violentos e seus branqueadores: democracia, liberdade de expressão e justiça social”, afirmou Pablo Iglesias.

Pablo Echenique, porta-voz da coligação Unidas Podemos no Congresso de Deputados, apontou o dedo à “normalização do discurso de ódio”.

“É a consequência natural da normalização do discurso de ódio no Parlamento e em alguns meios de comunicação. Nos Estados Unidos, o terrorismo de extrema-direita é muito comum e teve a mesma evolução”, alertou, também no Twitter.

Javier Sánchez Serna, deputado do Podemos por Múrcia, apontou mesmo o dedo ao Partido Popular e ao Vox, recordando a posição dos partidos num outro ataque.

“Há uns meses o PP e o Vox rejeitaram apoiar uma declaração de condenação ao último ataque. Malditos sejam os que branqueiam o fascismo todos os dias”, atirou, na mesma rede social.

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