Miguel Oliveira fecha fim-de-semana difícil com 13.º lugar no Qatar

A próxima corrida, novamente no circuito de Losail, deverá trazer mais dificuldades a Oliveira, travado neste domingo pela ineficácia da própria mota. Segue-se, depois, a viagem ao Algarve, para o Grande Prémio de Portugal (18 de Abril).

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Miguel Oliveira com a nova KTM DR

O fim-de-semana começou mal nos treinos, continuou negativo na qualificação e não terminou muito melhor na corrida. Miguel Oliveira levou a sua KTM ao 13.º lugar do Grande Prémio do Qatar, neste domingo, a primeira prova da temporada 2021 de MotoGP, somando três pontos para o Mundial.

Nesta corrida, as dificuldades que se previam com esta moto (o melhor lugar de uma KTM no Qatar era um 12.º lugar de Pol Espargaró, em 2019) foram cabalmente confirmadas, ao ponto de a 13.ª posição de Oliveira ser, entre quatro pilotos, o melhor que a marca austríaca tem para contar das 22 voltas ao circuito de Losail.

O piloto português partiu da 15.ª posição e, apesar de ter dito que o ritmo de corrida seria melhor do que o de qualificação – e, a espaços, até foi –, mostrou-se incapaz de rodar perto dos pilotos mais eficazes nas 22 voltas ao circuito do médio Oriente.

Falando de eficácia no Qatar fala-se de Maverick Viñales (Yamaha). O piloto espanhol contrariou o favoritismo das Ducati e venceu a primeira corrida do ano, superando as motos italianas de Johann Zarco e Pecco Bagnaia.

Oliveira arrancou bem

Dez minutos antes do sinal de partida para a prova nocturna de Losail, Miguel Oliveira dizia à SportTV que “o objetivo é fazer um bom arranque e recuperar já posições”. O plano acabou por ser cumprido na perfeição. O português recuperou quatro posições no arranque e, na frente, eram as Ducati quem mandava: Pecco Bagnaia, Johann Zarco, Jack Miller e Jorge Martin (dez posições ganhas) ocupavam os quatro primeiros lugares.

A corrida entrou, depois, numa fase mais calma. Na frente, as Ducati iam lutando com as Yamaha de Quartararo e Viñales e, mais atrás, Miguel Oliveira rodou várias voltas colado à Aprilia de Aleix Espargaró, mas acabou por perder o contacto e ficar em “terra de ninguém” – fora do pelotão da frente, mas com vantagem para o grupo liderado pelo outro Espargaró, Pol, montado numa Honda.

Só a ultrapassagem de Aleix Espargaró a Valentino Rossi permitiu a Oliveira voltar a ter duelos, frente a dois pilotos em “queda livre”: primeiro superou Il Dottore e depois passou Jorge Martin – a única Ducati em dificuldades na corrida –, entrando no top 10.

Viñales supera a velocidade alheia

Na frente, a entrada para as últimas dez voltas foi o momento do ataque de Viñales à liderança das Ducati. Passou Zarco na zona mais técnica e lenta do circuito – só aí conseguia superar a velocidade de ponta das motos italianas – e atacou Bagnaia, que se defendeu a preceito nas zonas mais velozes (recta da meta com mais de um quilómetro).

A oito voltas do final, o espanhol, depois de várias tentativas fracassadas, passou mesmo por Bagnaia e aguentou a posição na recta da meta. Aí, Viñales tinha pela frente uma volta ao circuito para fazer valer, nas zonas lentas, a vantagem da Yamaha.

Assim foi, com o espanhol a afastar-se das Ducati e garantir o triunfo no Qatar, seguido de Zarco e Bagnaia, que superaram Joan Mir na última curva, depois de um erro do campeão do mundo na abordagem à recta da meta.

Mais atrás, o ritmo de Miguel Oliveira foi piorando. O português não só saiu do top 10, perdendo uma posição para Enea Bastianini, como ainda foi ultrapassado por Stefan Bradl e Valentino Rossi. Oliveira foi, ainda assim, o melhor representante da KTM nesta corrida.

A próxima corrida será daqui a uma semana, novamente no circuito de Losail, no Qatar, deverá trazer mais dificuldades a Oliveira, antes da viagem ao Algarve, para o Grande Prémio de Portugal (18 de Abril).

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