GP do Bahrein: Hamilton impôs-se em luta titânica com Verstappen

Campeão mundial venceu primeiro Grande Prémio de Fórmula 1 em 2021, com um final tremendo para o holandês, que, depois de recuperar a liderança a quatro voltas do fim, deixou passar o inglês para evitar penalização de cinco segundos.

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Reuters/HAMAD I MOHAMMED

Lewis Hamilton (Mercedes) venceu este domingo o Grande Prémio do Bahrein, prova inaugural da 72.ª edição do Mundial de Fórmula 1, alcançando a 96.ª vitória da carreira numa noite de emoções fortíssimas, com Max Verstappen (Red Bull) a não conseguir passar para a frente nas últimas três voltas, depois de ter recuperado e cedido a liderança a quatro voltas da bandeira de xadrez.

A vitória de Hamilton teve uma elevada percentagem de estratégia, com a Mercedes a surpreender na troca de pneus, mas também um coração gigante do heptacampeão mundial, que terminou a corrida a defender-se estoicamente dos ataques de Verstappen, quando já não sobrava muita borracha nos pneus do inglês. Hamilton quebrou, assim, a euforia da marca austríaca, conseguindo vencer a prova inaugural, o que não conseguia há seis anos.

Verstappen ainda reassumiu o comando a quatro voltas do fim, mas, ao perceber que seria penalizado pela manobra, optou por devolver o primeiro lugar a Hamilton, que não voltaria a ceder, apesar de ter terminado com o holandês praticamente colado ao W12.

Valtteri Bottas colocou o segundo Mercedes no pódio, com Lando Norris (McLaren) e Sergio Pérez (Red Bull) no top 5, enquanto Yuki Tsunoda conseguiu o 9.º lugar na estreia na Fórmula 1. O piloto finlandês, que teve uma desastrada segunda paragem nas boxes, voltou a trocar de pneus na recta final para conseguir a volta mais rápida, tirando mesmo o ponto extra a Verstappen.

Sebastian Vettel (Aston Martin), que saiu do último lugar da grelha de partida (cumpriu penalização por desrespeito da bandeira amarela mostrada na sequência de um pião do Haas de Nikita Mazepin na qualificação), e Sergio Pérez (Red Bull), obrigado a sair das boxes depois de um problema na volta de formação, fizeram uma corrida de trás para a frente.

No caso do mexicano, repetia-se, de certa forma, a primeira parte da história do GP de Sakhir, em 2020, onde fez uma brilhante recuperação de último para o primeiro lugar do pódio. Vettel foi penalizado em 10 segundos e perdeu de vista a luta pelos pontos, ao contrário de Pérez, que terminou em quinto.

O segundo “incidente” foi o despiste de Nikita Mazepin, na primeira volta, a provocar a estreia do novo safety car da Aston Martin, bem como algumas alterações, permitindo a Charles Leclerc (Ferrari), que assumira o terceiro lugar por troca com Valtteri Bottas (Mercedes), o ataque a Lewis Hamilton (Mercedes), que o campeão mundial resolveu sem problemas.

Na frente, Max Verstappen distanciava-se o suficiente de Hamilton para poder gerir um problema comunicado aos engenheiros da Red Bull e que animou um pouco a Mercedes, cuja estratégia de corrida passou pela antecipação da troca de pneus, que surpreendeu a Red Bull.

Hamilton assumiria o comando à 17.ª volta, que entregaria a Verstappen ainda antes de atingir a primeira metade da corrida, quando foi chamado de novo às boxes para a segunda paragem. O inglês temeu alguma precipitação, mas os dados estavam lançados, anunciando um final de corrida entusiasmante, com os pneus a poderem decidir o vencedor.

Entretanto, Hamilton quebrou o recorde de 5111 voltas na liderança de Grandes Prémios, que pertencia a Michael Schumacher, enquanto Kimi Räikkönen, 20 anos depois da estreia, estabelecia um novo máximo de voltas na Fórmula 1.

Enquanto isso, Fernando Alonso (Alpine) foi forçado a abandonar com problemas nos travões na estreia da Alpine na Fórmula 1, mantendo-se a luta entre os McLaren e os Ferrari, já que a AlphaTauri viu Pierre Gasly cair para último logo no início, após toque em Daniel Ricciardo que lhe danificou a asa dianteira e que terá pesado no abandono do francês. 

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