“Os médicos disseram que era para tomar a vacina, foi neles que eu acreditei”
Com o apoio da Gulbenkian, a vacina contra a covid-19 começou esta semana a ser distribuída porta-a-porta aos idosos acamados ou residentes nas aldeias mais remotas do interior do país. Com um total previsto de 50 carrinhas, esta campanha de vacinação deverá chegar a casa de cerca de 100 mil pessoas de todo o país. “Sempre vem aliviar um bocadinho o medo.”
“Em mim a vacina não há-de ter grande préstimo”, atreve-se Altina da Conceição Pereira, quando julga que mais ninguém a ouve. Aos 88 anos, esta mulher da aldeia de Sande, no concelho de Lamego, não sai da cama há mais de um ano, desde que a dor “no estupor de um pé” lhe entorpeceu as pernas e a pandemia fez o resto. E enquanto ao lado, na sala esconsa, médico e enfermeiros se afadigam em instruções para a sobrinha que dela cuida, Altina aproveita para dizer, como quem pede:
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