Autarcas e população de Odemira reclamam o fim das restrições à prática da pesca lúdica

O produto desta actividade, para além de ser apreciado pela gastronomia do litoral alentejano, contribui para a subsistência de muitas famílias.

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ADRIANO MIRANDA / PUBLICO

Apesar do Ministério do Ambiente ter anunciado que a pesca lúdica poderia ser praticada “sob determinadas condições” em concelhos onde os focos pandémicos estejam “abaixo do risco elevado”, o exercício da pesca lúdica continua suspenso, critica a Câmara de Odemira através de comunicado divulgado ao início da tarde desta quinta-feira.

Tendo como referência a posição da tutela, os autarcas e a população do concelho de Odemira defendem “o retorno” à prática da pesca lúdica e que esta seja incluída no conjunto de actividades possíveis de realizar no actual contexto da pandemia.

Foi neste sentido que o executivo da Câmara Odemira aprovou, por unanimidade, na sua última reunião realizada no dia 18 de Março, duas moções que defendem a retoma da pesca lúdica na área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), apresentadas pelos eleitos do PS e da CDU.

Em reforço desta posição, os presidentes das Câmaras de Aljezur, Odemira, Sines e Vila do Bispo, cujo território está abrangido pelo PNSACV, manifestaram ao Governo “a sua preocupação relativamente à proibição da pesca lúdica e do mariscar, defendendo a urgência do levantamento das restrições” à sua prática nesta região, dando conta de que estão a manifestar o “sentimento das populações residentes nestes concelhos.”

Os autarcas exigem que, de “uma forma responsável e ponderada”, estas actividades possam ser retomadas no contexto de um “desconfinamento responsável”. Neste sentido lançam um apelo ao Governo para que seja concretizado o “desconfinamento gradual” para a pesca lúdica, “ainda que mantendo a proibição de circulação entre concelhos.”

Desde o início da actual pandemia e com as sucessivas renovações do Estado de Emergência, “gerou-se a dúvida quanto ao exercício da pesca lúdica” refere o comunicado da Câmara de Odemira, dúvida que os autarcas pretendem ver esclarecida para uma prática que “está enraizada na cultura e tradições locais”, sobretudo nas comunidades costeiras e ribeirinhas.

O município de Odemira recorda que o produto da pesca lúdica “é um bem essencial, apreciado e valorizado pela sua qualidade e que contribui directamente para a subsistência de muitas famílias.”

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