As pequenas perguntas que descobrem grandes males

Com estreia virtual no Teatro São Luiz, de 24 a 31 de Março, Os Filhos do Mal investiga a relação dos crescidos no pós-25 de Abril com o passado familiar. Um diálogo entre descendentes de apoiantes e resistentes ao Estado Novo.

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Estelle Valente

Muitas vezes, é graças às “pequenas perguntas” que desvendamos alguma coisa sobre os outros e — não esquecer — sobre nós próprios. Durante o processo de investigação de Os Filhos do Mal, segundo movimento de um ciclo da companhia Hotel Europa (criada por André Amálio e Tereza Havlícková), houve uma série dessas perguntas colocadas aos seis intérpretes, escolhidos entre os vários participantes nos workshops preparatórios, que se infiltraram no texto final. “Tinham alguma fotografia de Salazar em casa?”, “A vossa família tinha criados?”, “Quantas casas tinham?”, “O 25 de Abril foi bem recebido pela vossa família?” são as primeiras que escutamos serem perguntadas e respondidas em palco por Ana Rita Ferreira, Ana Sartóris, João Esteves, Marta Salazar Fernandes (nenhum parentesco com o outro senhor que adornava alguns lares), Paulo Quedas e Rita Tomé, no espectáculo que a sala virtual do Teatro São Luiz apresenta de 24 a 31 de Março.

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