Quem quer trabalhar um mês a partir de Bragança com casa paga? A autarquia está a convidar

Projecto Bragança — Liberdade para Recomeçar quer que quatro famílias se instalem no município em Maio e oferece alojamento, Internet e um cabaz com produtos regionais.

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Joana Goncalves
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Parque Natural de Montesinho: o município de Bragança realça a possibilidade da proximidade com a natureza como um dos atractivos do projecto Adriano Miranda

O município de Bragança convida quatro famílias que possam trabalhar online a mudarem-se durante um mês para o seu território com alojamento pago, no âmbito de um projecto que pretende atrair trabalhadores remotos.

De acordo com o município, “de forma a criar condições para desenvolver a experiência e facilitar o processo de integração, os “novos brigantinos” têm assegurado gratuitamente, durante o mês de Maio, o alojamento com todas as comodidades para garantir a qualidade de vida e a possibilidade de trabalhar remotamente”. A Internet está incluída no alojamento e podem concorrer famílias ou trabalhadores individuais. 

As famílias seleccionadas serão ainda recebidas com a oferta de “um cabaz de boas-vindas com produtos regionais” e podem candidatar-se a partir desta segunda-feira ao abrigo do programa Bragança —​ Liberdade para Recomeçar, inserido num projecto-piloto do programa de cooperação URBACT—​  Find Your Greatness.

O projecto é financiado pela União Europeia e promove a implementação de acções-piloto, como forma de aprendizagem e de troca de experiências para a promoção do desenvolvimento sustentável em cidades da Europa, segundo a informação disponibilizada pela autarquia.

Depois de seleccionadas, o que acontecerá até 10 de Abril, serão as próprias famílias a escolher o alojamento onde pretendem ficar instaladas: está disponível um na cidade de Bragança e mais três em aldeias do concelho. Uma das vantagens anunciadas pela autarquia tem que ver com a possibilidade de os candidatos poderem trabalhar em contacto com a natureza.

De acordo com o município transmontano, esta é “uma experiência social a pensar em pessoas activas com possibilidade de desenvolver a actividade profissional de forma remota e com vontade de explorar diferentes ambientes de trabalho”.

“Assume-se como uma nova abordagem de promoção de Bragança e da economia local, divulgando o destino como o ideal para trabalhar remotamente, fora de casa, com flexibilidade e liberdade”, sustenta.

Através deste projecto, a câmara quer “divulgar a qualidade de vida que Bragança tem para oferecer a quem optar por viver e trabalhar a partir” deste território, bem como “sublinhar que é possível estar ligado com o mundo laboral e, ao mesmo tempo, usufruir de um território convidativo para fazer uma pausa e/ou desligar do ritmo frenético do dia-a-dia”.

Os participantes são desafiados a viver de forma autónoma no concelho e a partilhar a sua experiência através das redes sociais. No final, será partilhado um documentário com o intuito de transmitir o dia-a-dia, de partilhar aprendizagens e de aferir a eficácia da acção-piloto.

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, acredita no sucesso do desafio “recomeçar em Bragança”, tendo em conta as alterações no trabalho, nomeadamente o teletrabalho, impostas pela pandemia de covid-19.

Para o autarca, esta experiência mostrou que “muitas actividades podem ser desenvolvidas a partir de qualquer parte do mundo” e, “no último ano, os portugueses redescobriram os encantos do interior” com a pandemia de covid-19.

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