Rio acusa ministro de Ambiente de ser advogado de defesa da EDP

Num tweet, o líder do PSD mostrou que o partido mantém as dúvidas sobre o negócio.

Foto
Rui Rio, líder do PSD

O PSD já tinha mostrado incómodo, esta semana, com a questão da venda de seis barragens no Douro a um consórcio liderado pela Engie, mas neste domingo, Rui Rio foi mais longe e acusou a ministro do Ambiente de pressionar a Autoridade Tributária e Aduaneira, assumindo o papel de advogado de defesa da EDP.

“O ministro do Ambiente a pressionar a AT, a mostrar-se descaradamente como advogado de defesa da EDP e a contradizer o que o primeiro-ministro disse na Assembleia da República”, escreveu o líder do PSD na rede social Twitter, depois de partilhar as declarações que João Pedro Matos Fernandes fez ao Diário de Notícias. “Uma postura estranha num Governo desarticulado. Porque será que o ministro defende tanto o estratagema da EDP para não pagar impostos?​”, questionou ainda Rui Rio.

Nessas declarações feitas no final de uma entrevista, Matos Fernandes acusou também os deputados do PSD de terem mentido aos transmontanos. "Na próxima terça-feira estarei na Assembleia da República e levarei todos os documentos que provam bem que os deputados do PSD de Vila Real e de Bragança mentiram aos transmontanos, ao criarem uma ilusão de verbas cobradas através de impostos, em que uma parte muito significativa delas eles tinham de saber que eram mentira, desde que em 2017 a Autoridade Tributária escreveu o que escreveu e foi publicado em Diário da República”, disse o ministro.

Rui Rio comentou o assunto já depois de o Correio da Manhã escrever que o Ministério Público estará a investigar o negócio das barragens há seis meses, sem que tenha constituído arguidos e não fez qualquer comentário sobre esse aspecto. Já o Ministério as Finanças emitiu um comunicado a rejeitar que a alteração que o Governo propôs ao Estatuto dos Benefícios Fiscais na proposta de lei do Orçamento do Estado (OE) para 2020 tenha sido motivada pela venda das barragens do Douro pela EDP, que se concretizaria alguns meses depois, com uma isenção de 110 milhões de euros em Imposto do Selo.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários