Carla Castelo, ex-jornalista, disponível para concorrer a Oeiras

Os oeirenses poderão ter de escolher entre dois independentes: o actual autarca, que ainda não apresentou a recandidatura, e a jornalista.

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Carla Castelo, ex-jornalista da SIC, como surge na sua página da rede social Facebook DR

“Viva, sou a Carla Castelo, tenho 50 anos e vivo no concelho de Oeiras há mais de 20”, foi com esta frase que a ex-jornalista da SIC, especializada em temas de ambiente, se apresentou este domingo de manhã aos oeirenses, mostrando-se disponível para concorrer à câmara que Isaltino Morais voltou a presidir em 2017. Contra a “crescente falta de cultura democrática” e o “desrespeito pelos valores naturais”, Carla Castelo considerou que foi dado primeiro passo "para uma caminhada árdua e complexa”.

“Muita gente tem-me incentivado a dar este passo. A esses cidadãos e cidadãs, de diferentes partes do concelho, faixas etárias e origens sociais, digo simples e humildemente que podem contar comigo. Aqui, hoje, convosco, estamos a dar um pequeno passo para uma caminhada árdua e complexa”, disse a jornalista, em Caxias. “Parados não chegaremos a lado nenhum”, acrescentou.

Carla Castelo dedicou-se ao jornalismo durante 28 anos e especializou-se na cobertura de temas sobre ambiente e do ordenamento do território. “Ao longo de todo esse tempo, lidei de perto com a realidade ambiental, mas também social do país. Tive oportunidade de estudar inúmeras questões, procurando ver sempre os vários ângulos e ouvir os diferentes lados de cada questão”, explicou, para concluir que o seu olhar sobre o planeta e sobre a terra onde vive foi sendo enriquecido pela experiência profissional.

Oeiras, reconheceu, é um concelho com grande potencial, com pessoas qualificadas, com um território que vai da serra ao mar e que merece políticas inovadoras e de qualidade de vida. “Não posso ser complacente com uma gestão autárquica que insiste em mais construção de megaempreendimentos, impermeabilização de solos, mobilidade centrada no automóvel particular, desrespeito pelos valores naturais, e falta de prevenção de riscos”, defendeu.

“A somar a tudo isto, há uma crescente falta de cultura democrática, de envolvimento e auscultação da população. Foi-se instalando uma cultura de arrogância e prepotência, de exclusão de ideias, e de recusa em aceitar qualquer crítica”, assinalou ainda, sem se referir ao actual presidente.

Carla Castelo aproveitou o Dia Mundial da Árvore e da Floresta, o Dia Mundial da Poesia e o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial para anunciar que está disponível para “encabeçar uma candidatura com cidadãs e cidadãos independentes, aberta a todas as forças políticas, verdadeiramente democráticas”.

“Estou empenhada e cheia de vontade de trabalhar com todas e todos, que queiram fazer Evoluir Oeiras”, concluiu.

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