A retoma do Benfica também passou por Braga

Com golos de Rafa e Seferovic, os “encarnados” venceram no Minho e subiram ao terceiro lugar do campeonato.

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O Benfica festejou em Braga LUSA/HUGO DELGADO

Quinta vitória consecutiva e quinto jogo sem sofrer golos. Num duelo em que tinha a pressão quase toda do seu lado (uma derrota deixava o terceiro lugar a cinco pontos e o líder a 16), o Benfica confirmou a tendência das últimas partidas e, com uma exibição autoritária e segura, garantiu uma vitória muito importante no Minho. Com um triunfo, por 2-0, que garantiu aos “encarnados” a subida ao terceiro lugar por troca com o Sp. Braga, a sociedade entre Seferovic e Rafa foi decisiva: o suíço e o português terminaram o jogo com um golo e uma assistência.

Livres de compromissos europeus, Sp. Braga e Benfica encontraram-se pela terceira vez esta época com saldo 100% favorável a Carlos Carvalhal (triunfos para o campeonato e para a Taça da Liga), mas, desta vez, foi Jorge Jesus que ganhou a batalha táctica. Depois de na véspera ter admitido a possibilidade de regressar ao esquema de três centrais, o treinador não teve pudor em mudar a táctica e apostar numa fórmula que, a nível de resultados, se tinha traduzido em quatro jogos sem vitórias: dois empates (FC Porto e Arsenal) e duas derrotas (Sporting e Arsenal).

Porém, no Minho, o 3x4x3 de Jesus resultou. Perante um Sp. Braga que, como tinha prometido Carvalhal, não se desviou “um milímetro [tacticamente] em função dos adversários”, o Benfica comandou sempre o ritmo e não ficou à espera de ver o qual era a estratégia “arsenalista”.

Com Vertonghen, Otamendi e Veríssimo sempre muito subidos no terreno, Weigl e Taarabt podiam pressionar alto e o Sp. Braga, por estratégia de Carvalhal ou incapacidade da equipa, nunca assumiu o jogo, procurando apenas atacar o espaço na defesa “encarnada” através da velocidade de Galeno, Ricardo Horta e Ruiz.

Assim, reflectindo o que se passava em campo, os lances de perigo começaram a surgir com assiduidade junto da baliza de Matheus. O primeiro aos 10’, por Grimaldo; o segundo aos 23’, após um centro de Taarabt que Seferovic não desviou.

No minuto seguinte, o suíço caiu na área e João Pinheiro apontou falta, mas o primeiro penálti a favor do Benfica na época foi inviabilizado por fora de jogo de 10 centímetros do avançado benfiquista.

Expulsão de Fransérgio

Mesmo sem a intensidade dos minutos iniciais, os “encarnados” mantiveram a supremacia, voltaram a criar perigo por Seferovic e, aos 39’, a tarefa para Jesus ficou mais simples: Fransérgio foi expulso por acumulação de amarelos e, pelo segundo jogo consecutivo, o Benfica ficou em superioridade numérica ainda na primeira parte.

Com a equipa desequilibrada a meio-campo, Carvalhal respondeu com a troca de um ponta-de-lança (Ruiz) por um médio (Novais), mas, em cima do intervalo, a sociedade entre Seferovic e Rafa começou a fazer a diferença: com muita qualidade, o suíço segurou a bola e, no momento certo, serviu o português que não falhou.

O regresso dos balneários não trouxe novidades, mas um livre de Novais, que acertou na barra aos 50’, deu o aviso que os bracarenses tinham armas para causar problemas ao Benfica.

No entanto, os benfiquistas não cometeram o erro de se limitarem a defender a vantagem. Com mais posse de bola, os “encarnados” continuaram a estar mais tempo perto da área do adversário e, aos 56’, foi a vez de Rafa retribuir a Seferovic a gentileza da primeira parte: o extremo lançou o suíço em velocidade e o ponta-de-lança marcou pelo terceiro jogo consecutivo.

A partir daí, a partida perdeu interesse e qualidade. Com o Sp. Braga incapaz de ter bola, o Benfica geriu as rotações e o cronómetro, assegurando a conquista de três pontos vitais na luta pelo acesso à próxima edição da Liga dos Campeões.

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