FC Porto vence Portimonense e treinadores quase se agrediram

Paulo Sérgio e Sérgio Conceição foram expulsos na segunda parte e só não houve violência porque houve quem os separasse.

O FC Porto venceu em Portimão
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O FC Porto venceu em Portimão LUSA/LUÍS FORRA
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Momento do jogo entre o Portimonense e o FC Porto LUSA/LUÍS FORRA

Foi tudo menos fácil a vitória do FC Porto sobre o Portimonense, neste sábado, no Algarve, por 2-1. Mas no final dos 90 minutos os “azuis e brancos” atingiram os seus objectivos, somando os indispensáveis três pontos que permitem aos campeões nacionais manterem-se na perseguição ao líder da classificação, Sporting. Dois autogolos resolveram o jogo a favor dos visitantes. Mas para além do resultado houve mais a marcar a partida: o comportamento vergonhoso de Paulo Sérgio e Sérgio Conceição, os treinadores das duas equipas, que acabaram expulsos e ofereceram um espectáculo deprimente.

Nada pode justificar o que se passou logo depois do segundo golo portista. No que pareceu ser uma troca de palavras azeda e que nenhum dos dois protagonistas gostou, Paulo Sérgio e Sérgio Conceição cresceram um para o outro e só não chegaram à agressão porque houve quem os tivesse segurado e afastado. Tudo perante as câmaras e durante um bom par de minutos, com a confusão a prolongar-se até no túnel de acesso aos balneários.

O resultado foi a expulsão de ambos e mais um episódio de péssima publicidade ao desporto em geral e ao futebol em particular. Tanto mais censurável quanto se trata de dois treinadores experientes e que esqueceram por completo o papel de exemplo que devem desempenhar.

Quanto ao jogo, foi um FC Porto consciente das dificuldades que iria encontrar em Portimão e do risco que seria deixar pontos no Algarve aquele que subiu ao relvado. E, por isso, apesar do desgaste que a sucessão de jogos tem provocado aos seus principais jogadores, os “dragões” não fizeram poupanças e repetiram o mesmo “onze” pela terceira vez.

O domínio inicial foi do FC Porto mas sem criar ocasiões de golo. A situação piorou um pouco mais quando Pepe teve que pedir a substituição por lesão, sinal de que os muitos jogos nos últimos tempos deixam mazelas.

E foi um FC Porto dominador mas “sem rasgo”, algo pesado nos movimentos, o que viu o relógio ir caminhando até ao intervalo. Já o Portimonense tinha a lição bem estudada. Primeiro aguentar e construir um muro à frente da sua baliza para, mais tarde, aproveitando o desgaste e o nervosismo “azuis e brancos”, tentar a sua sorte.

Foi preciso uma arrancada de Corona, pelo flanco direito, para criar um desequilíbrio na área algarvia. Sérgio Oliveira falhou o desvio a pouco metros da linha de baliza, mas a bola ressaltou no médio portista, ganhou um efeito caprichoso e acabou por atrapalhar Lucas na tentativa de corte. Resultado: autogolo e o FC Porto em vantagem ao intervalo, embora antes do descanso o brasileiro Beto tenha desperdiçado uma boa ocasião para empatar, quase sozinho frente a Marchesín.

No segundo tempo o Portimonense surgiu um pouco mais ousado e Beto voltou a dispor de uma boa ocasião, tendo desperdiçado de forma incrível novo lance de perigo, frente ao guarda-redes portista e, alguns minutos depois, Beto surgiu de novo isolado na frente de Marchesín mas voltou a atrapalhar-se. Só que, desta vez, Fali Candé estava ao lado do seu colega e concluiu o lance, empatando o marcador.

O Portimonense, contudo, nem teve tempo para saborear a igualdade. Um livre soberbo de Sérgio Oliveira, que levou a bola ao poste direito da baliza de Samuel e às costas do guarda-redes, fê-la entrar na baliza, dando de novo a vantagem no marcador aos “dragões”.

Logo depois tudo descambou junto aos bancos. Durante alguns minutos imperaram os insultos e ainda houve alguns empurrões também entre jogadores. Serenados os ânimos, regressou o futebol, mas nunca mais os guarda-redes voltaram a ser colocados à prova. O FC Porto optou por gerir o cansaço e o resultado e o Portimonense mostrou-se incapaz e voltar a importunar Marchesín.

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