Covid-19: linha SOS de apoio psicológico da UMinho atendeu 105 pessoas no último ano

Passou um ano desde que a Associação de Psicologia da Universidade do Minho criou, devido à covid-19, a linha SOS de apoio psicológico. Desde Março de 2020 já foram atendidas 105 pessoas, da academia e sociedade civil, em Braga e Guimarães.

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Priscilla du Preez/Unsplash

A Linha de Apoio Psicológico SOS covid-19, coordenada pela Associação de Psicologia da Universidade do Minho (UMinho) e que assinala esta quinta-feira, 18 de Março, um ano, já atendeu 105 pessoas em Braga e Guimarães.

Em comunicado, a UMinho refere que a maioria dos atendimentos ocorreu entre Março e Maio de 2020.

As solicitações em geral incidiram em dificuldades e preocupações pessoais e familiares (74%), além de contextos académicos (9%) e pedidos de informação ou outros assuntos (15%).

A intervenção psicológica respondeu a necessidades de estabilização emocional (66%), compreensão e organização da nova experiência (20%), questões académicas (8%) e encaminhamento para serviços especializados (7%).

Quase um terço dos pedidos motivou um contacto para monitorizar o bem-estar e a estabilidade emocional do utente. Os utentes atendidos são da academia e da sociedade civil.

A linha tem o número gratuito 253 144 420 e contou com a colaboração de 41 especialistas das escolas de Psicologia e Medicina da UMinho e do Centro de Medicina Digital P5 para apoiar a saúde mental dos cidadãos na pandemia

O modelo de intervenção em crise desta linha SOS foi alvo de um artigo científico na revista internacional Counselling Psychology and Quartely.

“Neste cenário pandémico invulgar de alteração das rotinas e do confinamento dos espaços físicos e relacionais, em que a percepção de segurança pessoal, a diferentes níveis, pode estar ameaçada em algum momento, as respostas de instabilidade emocional e comportamental são normais, mas podem ser difíceis de aceitar e de regular”, refere Eugénia Ribeiro, da Escola de Psicologia da UMinho.

Nesse sentido, os profissionais da linha ajudaram a identificar e suportar recursos adequados para as pessoas lidarem com situações de sofrimento na fase actual.

Por outro lado, facilitaram o autocuidado e orientaram os utentes para estruturas de apoio mais adequadas para determinados problemas.

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