Entrega antecipada dá à UE mais dez milhões de vacinas da Pfizer no 2.º trimestre

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, avançou no Twitter que a entrega antecipada acontecerá no segundo trimestre do ano, meses que serão “críticos” em termos de disponibilidade de vacinas.

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Reuters/ERIC GAILLARD

A União Europeia e a farmacêutica Pfizer chegaram a acordo para antecipar o fornecimento de mais dez milhões de doses da vacina desenvolvida com a BioNTech. Segundo avançou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Twitter, a entrega antecipada acontecerá no segundo trimestre do ano.

“Esta entrega vai aumentar o número total de doses previstas para o segundo trimestre para mais de 200 milhões. São muito boas notícias. Dá aos Estados-membros margem de manobra e a possibilidade de colmatar lacunas nas entregas”, disse von der Leyen, referindo que sabe que o segundo trimestre será crítico em termos de entregas de vacinas. 

O montante inclui dez milhões de doses que deveriam ser apenas entregues no terceiro e quarto trimestres deste ano, daí que a presidente da Comissão Europeia apelide o fornecimento de “entrega antecipada”.

A União Europeia declarou-se, em Janeiro, pronta para ajudar a aumentar a capacidade de produção de vacinas contra a covid-19, no dia em que reconheceu uma “insuficiência global” neste aspecto e numa altura em que as campanhas de vacinação na Europa estavam atrasadas.

“As dificuldades, de momento, não se devem ao volume de encomendas, mas à insuficiência à escala mundial da capacidade de produção. É o caso da BioNTech”, explicou a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, numa entrevista à agência alemã DPA.

Para além da vacina da Pfizer/BioNTech, a UE fez contratos com outras cinco farmacêuticas: AstraZeneca/Universidade de Oxford, Johnson & Johnson, Sanofi-GSK, Moderna, e CureVac, procurando ainda chegar a acordo com a Novavax.

A Comissão Europeia deverá apresentar, esta quarta-feira, uma proposta com vista à criação de um certificado sanitário no quadro da actual pandemia da covid-19.

O comissário francês Thierry Breton revelou já que aquilo que está previsto é um documento “que indicará se uma pessoa foi vacinada contra a covid-19, se já recuperou [da doença] ou se teve resultado negativo no teste”.

A ideia de um “passaporte”, reclamada sobretudo pelos Estados-membros mais dependentes do turismo, que pretendem assim salvar o Verão, não é todavia consensual entre os 27, tendo já a própria Comissão Europeia assumido que este documento não pode ser discriminatório, um cenário difícil de ser prevenido se o ritmo de vacinação na UE não acelerar significativamente nos próximos meses.

O ministro da Administração Interna disse esta segunda-feira que a proposta de um certificado sanitário visa ser um “facilitador” da circulação no espaço europeu, que faz sentido em paralelo com um “alargamento significativo” da vacinação contra a covid-19.

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