Jornal russo denuncia “ataque químico” contra o edifício onde tem a redacção

Esta não é a primeira vez que o Novaya Gazeta, conhecido pelas suas posições críticas e jornalismo de investigação, é alvo de ameaças.

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A equipa de emergências foi chamada à redacção do jornal russo Novaya Gazeta

O jornal russo Novaya Gazeta denunciou esta segunda-feira “um ataque químico” na entrada das suas instalações, situadas numa rua de Moscovo.

De acordo com informações do próprio jornal, um líquido foi despejado na entrada do edifício, originado um cheiro químico “penetrante e persistente” que todos “os visitantes e funcionários” conseguem sentir, assim como as pessoas que trabalham em outras organizações instaladas no mesmo edifício.

Agentes do Ministério de Emergências, do Ministério do Interior e do Serviço Federal de Segurança foram enviados para o local.

Funcionários do diário, conhecido pelas suas posições críticas e pelas suas reportagens de investigação, explicaram que o cheiro é “muito semelhante” ao registado depois do ataque, em 2017, contra a casa e o automóvel de Iulia Latinina.

Um porta-voz dos serviços de emergências explicou à agência de notícias russa Sputnik que as substâncias “nocivas” no ar da redacção do jornal “não excedem os valores limite”. No entanto, o cheiro “a podre” obrigou à retirada de 15 pessoas.

Não é o primeiro “ataque químico” sofrido pelo Novaya Gazeta. Em Abril de 2017, a redacção recebeu um envelope que continha “um pó branco desconhecido” dirigido ao director-geral. A análise inicial mostrou que a substância não era radioactiva.

Noutra ocasião, em Outubro de 2018, desconhecidos colocaram uma coroa fúnebre frente à redacção com ameaças ao jornalista Denis Korotkov e um cesto com uma cabeça de carneiro com ameaças a toda a redacção.

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