ICA apoia novas longas-metragens de Miguel Gomes, Tiago Guedes e Edgar Pêra

Sob a Chama da Candeia, de André Gil Mata, e Malcriado, de Vicente Alves do Ó, são os restantes dois projectos apoiados no âmbito do segundo concurso de apoio à produção de longas-metragens de ficção relativo a 2020.

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Miguel Gomes tem em produção dois projectos, a que agora vem somar-se Gran Tour RUI GAUDÊNCIO

Miguel Gomes, Tiago Guedes, Edgar Pêra, André Gil Mata e Vicente Alves do Ó são os cinco autores contemplados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) no âmbito do segundo concurso de apoio financeiro à produção de longas-metragens de ficção relativo a 2020.

De acordo com os resultados, divulgados esta segunda-feira pelo ICA, os três milhões de euros disponíveis neste concurso serão repartidos em partes iguais por Gran Tour, de Miguel Gomes, Vidros no Asfalto, de Edgar Pêra, Restos, de Tiago Guedes, Sob a Chama da Candeia, de André Gil Mata, e Malcriado, de Vicente Alves do Ó.

Do primeiro concurso de 2020 de apoio à produção de longas-metragens, com uma dotação total de 1,8 milhões de euros, tinham saído aprovados os projectos Um Filme em Forma de Assim, de João Botelho, Projecto Global, de Ivo M. Ferreira, e O Pior Homem de Londres, de Rodrigo Areias.

A soma destes dois concursos representa 4,8 milhões de euros de apoio a oito projectos de longa-metragem de ficção. No mesmo concurso de 2019, tinham sido apoiados seis projectos com 3,6 milhões de euros.

Gran Tour é um de vários projectos cinematográficos que Miguel Gomes tem em mãos, a partir de um argumento conjunto com Mariana Ricardo, Telmo Churro e Maureen Fazendeiro. A produção será de Uma Pedra no Sapato. O cineasta tem ainda em produção Os Sertões, a partir da obra homónima do escritor brasileiro Euclides da Cunha, e Diários de Otsoga, feito já em contexto de pandemia e co-assinado com Maureen Fazendeiro.

A produtora Bando À Parte sai contemplada com novo financiamento do ICA para Vidros no Asfalto, numa altura em que Edgar Pêra tem ainda para estrear a longa-metragem Não Sou Nada, inspirada nos heterónimos de Fernando Pessoa, e rodada no Verão passado.

Tiago Guedes, que tem em fase de pós-produção a série Glória, rodada para a plataforma Netflix, vê agora financiado o projecto Restos (Leopardo Filmes), drama sobre um homem que ficou com um problema mental depois de ter sido brutalmente espancado na adolescência, numa vila transmontana. Com argumento de Tiago Rodrigues, o filme deverá ser rodado ainda este ano, contando também com o apoio do canal francês Arte.

Sob a Chama da Candeia, de André Gil Mata, é uma produção da Rua Escura, e Malcriado, de Vicente Alves do Ó, tem a chancela da Ukbar Filmes.

A este segundo concurso de apoio a longas-metragens de 2020 concorreram 23 projectos cinematográficos.

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