Para não falarmos sempre das mesmas coisas: com Mário Soares em Moscovo diante da Lubianka

Como devem imaginar, foi uma grande viagem. Tudo à nossa volta estava a acabar, a URSS já tinha morrido e a Federação Russa estava a tentar segurar o império a ferro e fogo.

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Sede do KGB

Não sou muito de penar pelos mortos, nem tenho aquela obsessão pela morte que se transforma numa saudade mórbida da memória dos que morreram. Acontece. Pode-se sempre filosoficamente dizer que o facto de toda a gente ter morrido até agora não garante que os vivos de hoje vão morrer. Pode-se sempre ler Hume e esperar que o princípio da indução alimente o erro de pensar que lá por uma coisa ter sempre acontecido vai acontecer. Mas, como entretanto tem acontecido, lá vão morrendo pessoas. Dessas pessoas, uma das que tenho saudades, pelas suas enorme qualidades e pelos seus enormes defeitos, é Mário Soares.

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