PSG e Liverpool são mais dois possíveis rivais do FC Porto

Depois de conseguirem vencer fora na primeira mão, franceses e ingleses confirmaram nesta quarta-feira o apuramento para os quartos-de-final da Liga dos Campeões.

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Reuters/GONZALO FUENTES

Com metade da eliminatória dos oitavos-de-final cumprida, o FC Porto já conhece o nome de três das sete equipas que vão fazer companhia aos “dragões” entre os oito melhores clubes da edição 2020/21 da Liga dos Campeões. Depois de na véspera o Borussia Dortmund afastar o Sevilha, nesta quarta-feira o PSG não se deixou surpreender após golear na Catalunha e, com um empate (1-1) em Paris, deixou o Barcelona de fora dos “quartos” pela primeira vez nos últimos 15 anos. Numa eliminatória integralmente disputada em Budapeste, o Liverpool voltou a derrotar o RB Leipzig, por 2-0.

Três semanas depois de ser goleado pelos parisienses no Camp Nou (1-4), Ronald Koeman não deitou a toalha ao chão na visita ao Parque dos Príncipes. Embora necessitasse de um pequeno “milagre” para seguir em frente na Liga dos Campeões e de continuar na luta pela reconquista do título espanhol – está a seis pontos do Atlético de Madrid após a vitória nesta quarta-feira da equipa de João Félix -, o Barcelona apresentou-se em Paris sem poupanças, sinal que os catalães não queriam falhar pela primeira vez a presença entre os oito melhores clubes da competição desde 2006/07, quando um golo de Deco não evitou que o Liverpool afastasse os espanhóis.

Assim, com o trio de ataque habitual (Messi, Griezmann e Dembélé), o Barcelona não demorou a pegar no jogo e a empurrar o PSG para as proximidades da sua área. Quase sempre com Dembélé como protagonista do último remate, os “blaugrana” foram coleccionando oportunidades atrás de oportunidades nos primeiros 30 minutos, mas, em cima da meia hora, com a estatística a não deixar dúvidas sobre o domínio catalão (70% de posse de bola e 10-3 em remates), Clément Lenglet acrescentou mais um erro ao portfólio de falhas que tem acumulado esta época: o central francês pisou Icardi na área e Mbappé aproveitou a benesse do conterrâneo para fazer de penálti o quarto golo na eliminatória e o 25.º na Champions, tornando-se assim no jogador mais novo a atingir essa marca.

Na prática, no entanto, o Barcelona continuava a precisar de quatro golos para manter possibilidades de defrontar o FC Porto nos quartos-de-final e, sete minutos depois de Mbappé marcar, Messi mostrou-se. No palco que tem sido insistentemente apontado como a sua provável “casa” na próxima temporada, o argentino pegou na bola fora da área e, com um remate cheio de efeito, fez um dos melhores golos desta edição da competição.

O Barcelona ganhava novo fôlego e, em cima do intervalo, Messi teve nos pés a oportunidade de deixar o Barcelona a dois golos do prolongamento, mas, desta vez, perdeu o duelo com Navas: o guarda-redes da Costa Rica defendeu com os pés um penálti do argentino.

Ao intervalo, Mauricio Pochettino substituiu Kurzawa, que tinha cometido a grande penalidade, por Abdou Diallo, e o recomeço da partida foi mais tranquilo para os franceses. Mesmo tendo mais bola, o Barcelona começou a surgir com menos assiduidade perto da baliza de Navas e, aos 66’, Koeman foi abrigado a arriscar: Trincão no lugar do jovem Sergiño Dest. No entanto, Pochettino já tinha o jogo amarrado e mesmo tendo terminado a partida com 20 remates, o Barcelona não voltou a marcar e está fora da rota do FC Porto nos “quartos”.

Na outra eliminatória, em teoria, a equipa que jogou como visitante há três semanas (Liverpool) também partia para a segunda mão com uma vantagem cómoda (2-0), mas, com as fronteiras terrestres, marítimas e aéreas na Alemanha fechadas para quem tenha como origem o Reino Unido, o Puskás Arena, em Budapeste, recebeu pela segunda vez o duelo dos “reds” com o RB Leipzig.

Já sem hipóteses de conquistar a Premier League, Jürgen Klopp colocou Diogo Jota ao lado de Salah e Mané no ataque do Liverpool e, mesmo na frente da eliminatória, os britânicos foram sempre superiores.

Após um nulo na primeira parte, até foram os alemães que estiveram perto de marcar aos 65’ (o norueguês Sorloth acertou na barra), mas dois golos dos “reds” em apenas quatro minutos acabaram com qualquer esperança do RB Leipzig: aos 70’, Jota ofereceu a Salah o 1-0; aos 74’, Origi assistiu Mané para o 2-0. De forma justa, o Liverpool mantém a expectativa de salvar a época na Liga dos Campeões.

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