Artigo de investigador português de universidade de Macau reconhecido pela revista Nature

André Antunes é um dos autores de uma publicação científica que simula a exploração astrobiológica de oceanos noutros planetas e luas.

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O investigador André Antunes DR

 Um artigo científico na área da astronomia, que tem entre os autores o investigador português André Antunes, foi destacado pela revista Nature, disse esta terça-feira a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (UM).

“O artigo, com co-autoria do professor associado André Antunes e intitulado ‘Experimental and Simulation Efforts in the Astrobiological Exploration of Exooceans’, é o culminar do trabalho desenvolvido por uma equipa transdisciplinar internacional, que colectou estudos experimentais e de modelação de várias áreas científicas ligadas à exploração dos oceanos das luas geladas do Sistema Solar”, lê-se no comunicado da universidade.

“Este contributo é visto como particularmente relevante para a próxima fase da exploração das luas Europa e Encelado, e para a procura de vida”, acrescenta-se. O artigo foi publicado em Janeiro de 2020 na revista Space Science Reviews.

Em Julho de 2020, investigadores de Macau, um dos quais André Antunes, disseram à agência Lusa que estavam a ajudar a China a aterrar em Marte, a estudar radiação e a procurar água e vida no planeta.

Um dos desafios para o Laboratório de Referência do Estado para a Ciência Lunar e Planetária da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST) passa por garantir que o módulo de exploração chinês que faz parte da missão lançada em Julho de 2020 pouse em segurança na superfície do planeta vermelho, algo que ainda só os Estados Unidos conseguiram.

Não sendo o objectivo primordial, André Antunes resumiu, na altura, uma das questões e motivação que “alimentam” a missão e a preocupação dos cientistas do laboratório em Macau: “Do ponto de vista de descoberta, aquilo que nós gostaríamos de ter mais a médio prazo [seria] a descoberta de vida em Marte ou indícios de que a vida já existiu em Marte”.

Afinal, argumentou o investigador natural de Coimbra, “do ponto de vista de capacidade para albergar vida (...), ao contrário daquilo que se pensou originalmente com as primeiras missões (...), as condições existentes em Marte não são assim tão extremas, não são assim tão diferentes das condições que temos no nosso próprio planeta”.

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