Covid-19: Presidente Bashar al-Assad e mulher tiveram resultado positivo em teste

A campanha de vacinação na Síria começou no início do mês, ao mesmo tempo que o país enfrenta um aumento de casos, pondo à prova o sistema de saúde já debilitado.

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A Presidência anunciou em comunicado que o casal teve teste positivo ao novo coronavírus HARISH TIYAGI/Lusa

O Presidente da Síria, Bashar al-Assad, e a mulher, Asma, tiveram resultado positivo num teste ao novo coronavírus, esta segunda-feira, após sentirem ligeiros sintomas, segundo uma declaração oficial. O número de infecções no país cresceu significativamente a partir da segunda metade do mês de Fevereiro. Com o sistema de saúde debilitado, a falta de profissionais de saúde – muitos fugiram da guerra , e a economia arruinada põem à prova a capacidade do país de combater o vírus.

Uma vez estáveis, o líder sírio e a mulher “prosseguirão o seu trabalho durante o período de isolamento no domicílio, que vai durar duas ou três semanas”, afirma o comunicado.

A campanha de vacinação contra a covid-19 já começou, no dia 1 de Março, e os primeiros a receber a vacina têm sido os profissionais de saúde que estão na linha da frente. Porém, não foram divulgados dados acerca do processo de vacinação. O ministro da Saúde declarou que o Governo tinha obtido as vacinas de um país amigo, sem referir qual.

Mais tarde foi divulgado, pelos media israelitas e internacionais, que Israel pagou à Rússia cerca de um milhão de euros para fornecer vacinas contra a covid-19 à Síria, em troca da libertação de uma mulher israelita detida em Damasco. A operação foi negada por Damasco e não foi comentada pela Rússia.

Os números da pandemia no país registam um total de 15.981 casos e 1063 mortes, desde o aparecimento do coronavírus. A capacidade de realização de testes é limitada, no entanto, podendo os números ser superiores ao registo oficial. Ao mesmo tempo, a opção de confinamento não foi considerada, devido à complicada situação económica do país. 

A notícia chega no mesmo mês em que o país assinala dez anos da revolta que deu origem a uma guerra e que deslocou metade da população, matando centenas de milhares de pessoas.

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